Capítulo 2

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Essa fic NÃO me pertence.

A história foi escrita por forreveries no ao3 e todos os créditos são direcionados a ele/ela.

A escritora me concedeu permissão para traduzir pro português.


AGORA

O ar era quente aqui.

Era forte, como mentol, ardendo no canto interior de seus olhos.

Mas cheirava diferente também. Fresco, limpo e brilhante como a neve que havia se estabelecido sobre as raízes da grama parda.

Harry saiu de seu carro alugado, o cascalho sendo triturado embaixo de seus pés, e respirou fundo. Ele deixou o ar gelado preencher seus pulmões e acordá-lo de um jeito que café jamais poderia, então, deu uma olhada ao redor.

O Lago Tekapo era enorme, uma piscina ótima e plana de águas azuis. A mesma cor do céu acima. Aos arredores não havia mais nada além de montanhas, o topo delas branco e imaculado, parecendo com as únicas nuvens no céu. Abaixo, as colinas, que levavam à pequena cidade turística de Tekapo, eram todas de um dourado suave. A cor de uma pele que foi beijada pelo sol.

Pele coberta de rendas onde a neve fez casa.

Era estranho olhar para aquilo, Harry apenas conhecia a grama daquela cor durante as secas que vinham todo verão em casa, em Wellington. Mas aqui, tudo o que não era água, rocha ou céu tinha a mesma cor suave de feno.

Ao longe, Harry podia ver ovelhas em grupos espalhados.

De onde ele estacionou, bem ao lado de um café chamado de The Greedy Cow, ele e seu carro tinham vista para a água a poucos metros de distância. Era onde a grama se transformava em pedrinhas, e, então em rochas que caíam abaixo da superfície da água.

A água estava parada o suficiente para ver reflexos perfeitos das montanhas nela.

Essa foi a segunda coisa que Harry notou, depois de notar a maneira como o ar estava tão diferente, tão limpo; tudo naquela cidade era tão parado.

Eram quase 10 horas. E ele mal viu alguém. Não desde que ele deixou o aeroporto de Christchurch e dirigiu algumas horas até ali. Ele passou de cidade pequena por cidade pequena, e todas elas eram áridas. Uma pessoa aqui ou ali, passeando com com seus cachorros, em suas jaquetas e gorros, a respiração delas saindo como nuvens brancas.

Harry soprou sua própria nuvem e a viu se dissipar no nada. Então ele se virou e entrou no café.

.

O policial Payne já estava lá, fazendo um pedido no balcão. Harry sabia disso porque ele era o único que vestia um uniforme azul de polícia. Moletom azul, calças azuis, lábios para combinar. Ele, claramente, já tinha passado um bom tempo do lado de fora.

Ele estava sorrindo, rindo com as mulheres que faziam o seu café. E Harry tinha sentido falta disso, sentido falta da forma como um policial poderia ser assim. Era como a Nova Zelândia era. Por isso ele voltou.

Baby, I think we might be too cold to float [Tradução]Where stories live. Discover now