Capítulo trinta e nove.

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Sentiram falta daqui? Não? Ah, ok. Tava com saudades!! Ah, e que comece a segunda parte!!

[Aviso: Gatilho.]

—Alasca Ortega.

  Meus olhos ardiam, e meu corpo estava gelado. Não, eu não estou morta e nem nada do tipo. Antes fosse.

Três dias, três dias que estou sob as garras e controle de meu ex chefe. Três dias que defendo a criança em meu ventre, que passo por agressões verbais e físicas.

Eu sabia, simplesmente sabia que eles viriam atrás de mim, antes ou depois. Eles esperariam cada movimento meu, até o dia mais feliz. Ah, eles eram ruins. Ruins demais.

Eu estava em um quarto completamente branco, nada, absolutamente nada tinha uma cor diferente,menos a pequena janela na parede, que percorria o vento. Meus olhos doíam por tanta claridade. E eles também sempre vinham de branco.

Hoje, necessariamente, estava uma movimentação diferente. Não saía, eu estava presa. Escutando tudo, notava claramente os diversos passos ao redor do cômodo onde eu estava.

Apesar de não saber de fato onde eu estava, sabia que era em Londres. A temperatura fria não deixava passar em branco, a Itália nunca seria tão fria quanto.

Meu coração acelerado e o suor frio que me percorria dava medo.

A criança em meu ventre se mexia e meu corpo implorava comida. Eles só tem me dado arroz.

—Alasca, querida Alasca.—meu ex-chefe aparece, e eu defendo minha barriga.

Ontem ele chutou tão forte meu ventre que pensei que perderia minha criança.

—Eu não quero matar esse seu bebê estúpido ou coisa do tipo. Já te fiz tirar um, não tiraria outro.—ele diz com desdém e um pote branco percorre o chão até a mim.—Coma.

  Abro o pote e era arroz. De novo,arroz.

—Coma, porra.

Eles sabiam que eu seria perigosa o suficiente com um objeto na minha mão, então, eu comia o arroz com a minha mão.

Qualquer coisa na minha mão viraria uma arma, e eles sabem disso. Tanto que quando falta alguns grãos de arroz, eles arrancam o pote rapidamente de mim.

Filhos de uma puta.

—Estou pensando em te dar uma visita,o que você acha?

Silêncio. Eu nunca o respondo.

—Responda!

Ordena ele. Da minha boca, geralmente só sai deboche e sempre acabo apanhando.

—Acho péssimo.—é a única coisa que digo.

—Que triste,né? Ele já está aqui.—ele bate na porta, e tal pessoa entra.

Eu me levanto automaticamente, com meu corpo transbordando pavor ao ver aquele homem. O meu abusador.

—Bom dia, Alasca.—o meu ex chefe sai, e eu bato as costas contra a parede transbordando medo.

Meu abusador. Meu tio.

—Eu pensei que você tivesse morrido.—ele me olha com desdém.

—Eu preferia morrer do que te ver aqui. Filho de uma puta.

Ele ri e se senta no chão.

—Você me causou uma das piores coisas.—ele diz, e aponta para sua orelha, ou a que deveria estar ali.

—Eu estou pouco me fodendo para cada merda que você acha, sente ou diz.

Hormônios à flor da pele e meu ódio por ele me vinham com toda a força.

—Sabe de uma coisa? Eu acho que deveria ter acontecido algo pior com você, seu retardado. Eu te odeio como nunca odiei ninguém.

—Eu não me importo.—ele sorri e aquilo me causa ânsia de vômito.

—Sabe o que eu também não me importo? Seres nojentos e asquerosos como você! Tu, deverias ter a pior morte. Você é um fracassado e deve morrer como todo asqueroso por aí, a morte mais lenta e dolorosa!

Meu corpo enfraquecido se abala mais ainda ao ver o mesmo se aproximar, e eu gelo. Sem reação ou palavras, sinto seu toque em meu ombro. Eu não conseguia me mover ou qualquer outra coisa possível.

  Até que escuto um som alto e o corpo do homem cai em minha frente, já morto e completamente sem vida. Mataram ele.

Pequeno, eu sei! Mas eu tô de voltaaaaa.

Criminal life.| Z.M [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now