outrora estive em um campo vasto e luminoso donde vinha a mais bonita virtude: o otimismo.
repleta de benevolência e clareza na fala, caminhava em meio a perturbação e de nada valia os verbos estrangeiros.,
dessa forma seguia plenamente, com um único caminho: para frente.
até que por ventura e obviedade, meus pés descalços absorveram certa angústia perpetrada nestes solos, pois onde há o belo há também a deselegância e seu gosto fúnebre de fracasso.
por tanto pedir para que aceitasse meus pecados, ouviu-me, e me tornei o próprio.
enquanto caminhava tinha em minhas mãos o pincel criador do meu futuro
e mesmo em contradição com o destino, sei que cada poeira inalada e pinceladas ao vendo, formariam hoje a história que se revela histérica
em minha mente, relicário de pensamentos,
já não havia empoderamento, havia apenas cede da divergência.
sentia por fim uma atmosfera densa, e por mais que tentasse fugir, estararia fadada ao reconhecimento do eu deteriorado pelo caminho intenso.
foram anos de trajetórias errôneas, acertos displicentes, e falta de ética...
tudo isso me trouxe ao meu presente, daqui vejo os anjos caídos em comunhão
toda aquela rebeldia em decantação
e melodias caóticas que ouvia ao redor daquele lugar iluminado.
só há escuridão se houver luz, e só vê a luz quem se dispôs a passar por vales escuros
mas há um tempo para determinadas aventuras?
somos deuses de nossos caminhos?
se somos...onde foi parar minha bússola?
estou tão perdidamente encontrada mas
não é que eu não sabia quem sou ou onde estou, eu só preciso saber o próximo passo para meu verdadeiro declínio,
sair da minha falsa sabedoria vã
e adquirir algumas certezas, sim... me faltam certezas
já basta desses tempos a deriva, já me basta esquecer jornadas, me basta começar
eu quero o novo, o além da matéria
buscar meu espírito que foi passear e não voltou
todos os dias acordo esperando seu retorno
o sol estala em minha cabeça mas nenhuma energia emana em meu corpo
estou fechada para aquilo que me preenche
e gostaria de encontrar meus deuses internos para tomar um chá.
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outrora pensei
Poetryhá versos de ontem, de hoje, de séculos atrás e de um futuro próximo. fez-se um livro de instantes e infinitos. nasci do amor entre deus e o diabo, do amor ao pecado, da escuridão ao que faz luz. proibida a entrada de céticos, conservadores e d...
