estão a me cavar túmulos
pois não paro de sangrar
toda vergonha sai pelos olhos
e a boca está a clamar
me traga uma roupa digna de purgatório
e traz-me uma rosa
pra mostrar-me qual foi meu valor
intenso doloroso, mortal e pela prosa
banal por estupidez
real por amar a arte
e tão relativo por fazer parte
levada aos anjos quando criança, e dançei com a luz
me precipitei a começar a pensar e pela escuridão fiz jus
cheguei a ter em acreditar, mas a fonte em mim conduz
faz luz
sou negritude que reluz
sempre com uma carta na manga
à espera de tu e teu sarcasmo
finjo que estou em tuas mãos e isso soa tao esporádico
me leva pra passear, me compra sapatos
me enforca, me faz carinho, me atrai em lapsos
me ama, me odeia, me quer aos prantos
gargalho, enlouqueço, me torno um alvo
não vê o que penso mas vê o que faço
tomo atitudes por olhar seus olhos
vejo vitrines, enxergo os porcos
escolho a próxima vítima
e a encontro no espelho.
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outrora pensei
Poetryhá versos de ontem, de hoje, de séculos atrás e de um futuro próximo. fez-se um livro de instantes e infinitos. nasci do amor entre deus e o diabo, do amor ao pecado, da escuridão ao que faz luz. proibida a entrada de céticos, conservadores e d...
