contra versão

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nao tenho sido verdadeira comigo
demônios dançam comigo e eu não os expulso pro exaustão
essa dança não acabará nunca?
quando é que verei a luz?
outrora quando estive em outras terras, pude enxergar verdadeiramente o que foi construído em meu interior
mas a destruição converge
este estado de encontro prevalece
e mais longe me encontro
em outro paralelo me enriqueço de vagas esperanças
de um dia me sentir por completo
fragmentos são encontrados aos restos, a frieza ainda me abraça
e conduzo minha energia numa vibração no ritmo do caos
extremos me movimentam para o perigo, este está sempre me esperando
o medo jaz um obstáculo, já não sinto nada
e quando sinto me entupo de apatia
sentir demais sempre foi a armadilha
logo cairemos em redenção
e a paz será uma opção
teremos pés no chão, e corações em outras dimensões
nada precisará ser dito
a troca será o premedito
teremos muito ar, pouco grito
e assim seremos como seu Deus me disse
pobres de si e ricos do altíssimo
altíssimo fogo da aceitação
queimarei minha pele, ovelha negra da coesão
darei meu ego como oferenda, farei como Odin, me enforco para que algo novo nasça.
digo, tropeço em minhas ladainhas
me perco no que é real e o que inventei
segrego o momento, o tempo não existe
tanto amor mal canalizado
tanta empatia em pouco espaço
mal organização de tantos laços
sinto que as vielas onde passo
se destroem sem fazer caso
sigo os passos no meu terraço, de repente me sinto raso
eu sei o que querem
não dou o que pedem
sou bicho do avesso.

outrora penseiWhere stories live. Discover now