Antony Delucca Labarra, filho de um importante advogado, se vê em um beco sem saída quando seu pai, cansado da vida de farra que seu filho leva, lhe dá um ultimato: ou ele se casa ou ele não assumirá a presidência da Labarra's Advocacy.
Do outro lad...
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Eu me encolho como uma bolha na cama e me enrolo no edredom macio. O cheiro do Antony ainda está impregnado aqui, além de, provavelmente, está também no meu corpo. Ainda sinto como se ele estivesse na cama comigo e não longe.
Queria meu combo da depressão agora ou uma barra de chocolate enorme, alguma coisa muito gordurosa para me fazer me sentir melhor.
A imagem do Ken, meu cabeleireiro, me dizendo que eu deveria ligar para ele toda vez que eu fosse me entupir com essas porcarias, mas nesse momento ele vai me perdoar.
— Eu odeio quando você tem seu período. - eu tiro minha cabeça de debaixo do meu edredom e encaro minha melhor amiga — Você sofre como se estivessem te matando .
— E estão. Por dentro. - ela ri e isso só me deixa mais irritada
— Eu tenho que ir mas tem chocolate na cozinha e sorvete no freezer. Não se entope de besteira! - ela diz antes de bater a porta e eu volto para minha bolha
Passo toda a manhã dentro do meu casulo, o remédio só faz efeito quase ao meio dia e eu me sinto um pouco mais como um ser humano. O banho também me ajuda, colocar uma roupa leve me deixa mais relaxada do que antes.
Eu faço um macarrão com queijo e almoço vendo um programa de auditório na televisão. Eu estou tão entendiada que estou sentindo saudades até da minha cólica, com ela, pelo menos, eu tinha em algo para pensar.
— Amor? - a voz do Tony me surpreende e eu quase pulo nele de saudade — Também estava com saudades.
— Eu ainda estou. - ele ri e eu me afasta apenas um pouco para olhar seus olhos lindos — Pensei que só voltaria a noite.
— Conseguimos adiantar algumas coisas e voltei mais cedo. - ele coloca a mão no meu rosto e faz um carinho leve — Quis te fazer uma surpresa.
— E fez. - ele sorri antes de me puxar para um beijo
Ah, como senti saudade dos seus beijos. Do seu toque sobre mim, da sua presença e de todo ele. A gente sempre se acostuma com coisas boas e eu me acostumei muito rápido a ficar com ele e esses dias que ele teve que viajar foram horríveis. Ainda mais quando eu estou na TPM.
Os beijos se tornam longos, longos demais, e eu não tenho medo desses medos nos levarem a algo a mais. Eu quero isso porque eu me sinto pronta, eu quero isso porque eu amo esse homem, eu quero isso porque meu corpo pede, porque sinto vontade de estar com ele, de entregar a ele uma parte de mim que ninguém mais tem. Eu quero e isso vai acontecer mas não quando estou no meio do meu período menstrual.
— Vem... - eu me afasto dos seus braços a contra gosto e seguro sua mão — Você deve estar cansado.
