Antony Delucca Labarra, filho de um importante advogado, se vê em um beco sem saída quando seu pai, cansado da vida de farra que seu filho leva, lhe dá um ultimato: ou ele se casa ou ele não assumirá a presidência da Labarra's Advocacy.
Do outro lad...
“Só quem se arrisca merece viver o extraordinário.”
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Antony
Eu sorrio ao ver aquela pequena pestinha quase correr da cozinha. Ela está fujindo de mim ou é impressão minha?
Eu sorrio e sigo até a bancada da cozinha e termino de comer o bolo de chocolate que ela deixou ali.
Não acredito que essa garotinha de meio metro está mexendo tanto com minha cabeça! Isso não deveria acontecer de jeito nenhum.
Não estava nos planos, não mesmo, na verdade era a última coisa que eu queria. Eu só tinha que assinar a merda do contrato e fingir ser um cara sério, mas aí eu vi aquela princesa e, como eu podia agir de outra forma?
Na hora que Ethan me ligou e disse que tinha encontrado alguém para ser minha querida esposa, eu nem acreditei. Peguei o jatinho e literalmente voei até Boston para saber quem era. Mas, nem nos meus sonhos mais insanos, eu poderia imaginar que seria alguém com a aparecia da Crystal.
Crystal é pequena, delicada, com imensos olhos castanhos e lábios deliciosamente cheios. Meu primeiro pensamento foi em como ela parece ser angelical, em como aparenta ser quase infantil de tão menina que é, mas foi eu olhar mais de dois segundos para ela para saber que ela seria minha deliciosa tortura.
Eu tinha muitas coisas para adiantar depois que ela assinou o contrato. Liguei para a minha mãe que estava completamente chateada porque eu e o Ethan não comparecemos no almoço de domingo e contei sorrindo que tinha conhecido alguém. Minha mãe teve um pequeno surto, foi quase engraçado.
Ela me bombardeou com tantas perguntas que nem me lembro o que respondi a maioria delas. Só lembra de dizer sorrindo o que o Ethan tinha escrito em um papel.
Minha mãe grudou em mim depois disso, tive que me virar em centenas de pessoas para que não me enrolasse na minha própria mentira.
Pouco tempo depois o Noah soltou na mídia que eu estava noivo. Tudo porque achou que seria uma boa para minha imagem. Não foi, mas isso chamou a atenção do meu pai que logo quis marcar um jantar. Até que não foi tão mal a atitude do Noah, se pensar bem.
Mas, o jantar... Só em lembrar de como foi eu preciso morder meu lábio para não abrir um sorriso gigante. Foi gostoso demais ver a carinha vermelha da Crystal como naquele dia.
Ela estava apavorada, mais que isso, quase prestes a correr da casa dos meus pais e eu só queria que a noite acabasse antes que desse alguma coisa errado.
Não deu, para minha sorte. Acho que nós dois estávamos com tanto medo de errar que estudamos cada passo um do outro. Eu sabia tudo sobre a pequena italiana de bochechas avermelhadas e, pelas respostas que ela dava a minha mãe, ela também sabia tudo sobre mim.
Eu tive que tocar nela naquela dia, percebi que os toques tinham que acontecer e essa foi a primeira cláusula do contrato que quebramos. Mãos dadas, minha mão em sua cintura fina, pequenos beijos em seus cabelos ou em sua testa em formato de coração, cada pequeno toque me deixava muito ciente do quão linda e perfumada Crystal era.
