Bebê De Açúcar: Capítulo 11 - Mais que irmãs

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— Está pronta? — Ele perguntou estendendo a mão à ela, como um bom cavalheiro, dando um sorriso chamativo e atraente, sendo recompensado por um pegar de mãos.

— Sim, estou — Frisk respondeu feliz e delicada, com um sorriso, ainda segurando a mão de Sans, que a dava impulso para subir na limosine.

Os dois se sentaram um do lado do outro, e Chara à frente dos dois, afinal não poderia deixar no dia de "alta" da própria irmã gêmea. A empresária de olhos escarlates e personalidade forte e astuta tomava uma pequena e frágil taça de vinho, olhando toda a melação que o casal à sua visão estava exibindo entre os panos - afinal, nenhum dos dois havia tido coragem reunida para dar o próximo passo, dados os fatos anteriores -. Torcia pela felicidade de sua irmã, com todas as forças, mas estava farta de como o desenrolar da história estava seguindo. Os motivos de ter contatado Sans para servir de companhia eram múltiplos. Misterioso, mas múltiplos. Porém não conseguia prever os infortúnios que poderiam vir.

— Nojento — Chara sussurrou com asco, atraindo a atenção de Frisk e Sans.

— Sim? — Os dois perguntaram na mesma hora, fazendo-os olhar um pro outro em surpresa, depois desviar olhares tímidos, fazendo Chara revirar os olhos de preguiça.

— Nada, esqueçam — A empresária mais velha - por alguns segundos - falou levemente emburrada, colocando a taça de cristal vazia dentro do frigobar, depois voltando para sua postura normal, reta e formal, olhando fixamente os dois com seu olhar penetrante, principalmente Frisk — Você se sente bem, minha irmã? — Perguntou séria para a de olhos semi fechados - que por sinal havia sido maquiados hoje, pela primeira vez desde sua ida ao médico - recebendo uma expressão um tanto infantil de surpresa.

— Oh, sim, sim, irmã. Me sinto melhor agora — A voz suave de Frisk era uma melodia para Sans, mas um sinal de alerta para Chara, que franzia o cenho em resposta.

Não que gostasse daquela versão rabugenta de Frisk, que levantava a muralha de orgulho para qualquer um que chegasse perto de si ou de sua família, mas vê-la abaixar a guarda desse jeito a preocupava, tanto que quando viu os dois na que momento tão íntimo, não pode deixar de ter um resquício de cautela em meio à paz que era ter metade de seu plano quase que miraculoso concluído.

— Isso é perfeito, a sua mãe vai adorar saber disso — Foi a vez de Sans falar, arrancando um singelo sorriso de Frisk, e uma carranca de Chara. Típico porém incomum ao mesmo tempo.

— Sim... Espero que nesse tempo a empresa seja bem regida pelo meu substituto, junto à ti, Chara — A gêmea gentil que estava florescendo falou com animação, exibindo um sorriso que era perigoso em tantos sentidosentidos e maneiras — Afinal, que vai ser meu assessor, Chara? — Frisk perguntou de maneira ingênua e afável, tombando levemente a cabeça para o lado direito, fazendo Chara desviar o olhar venenoso que tinha.

— Acho que não tem porquê guardar mais essa informação, será o Kitry, das indústrias Whales — Cuspiu as informações de maneira ríspida e rápida, fazendo Sans engolir seco e Frisk bater uma palma silenciosa, fazendo um "o" com a boca, surpresa com a revelação.

— Incrível, o Morty é um empresário mais que competente, a empresa vai ter ótimas melhorias com ele na direção, mesmo que por um tempo — Frisk disse com certa nostalgia e admiração, o que causou um certo ciúme no homem albino.

— Sim, ele será — Chara deu sua sentença, olhando fixo para baixo, de braços cruzados. A limosine parou perto da casa de Sans que logo desceu dela, fazendo as duas irmãs esperarem.

— Já volto, vou buscar as coisas do meu irmão e ele — Sans avisou, se afastando e deixando as duas gêmeas sozinhas.

O clima estava estranho entre as duas empresárias. Frisk estava sorridente, apesar de olhar para baixo e parecer aérea, longe com seus misteriosos pensamentos. Chara apenas analisava a irmã, com uma cara fechada, a sobrancelha direita levantada, mostrando sua desconfiança e impaciência. Não era qualquer um que conseguiria pegar o clima nocivo no ar ali, afinal havia coisas que apensas as duas irmãs sabiam entre si. Uma conexão que diziam que apenas gêmeos tinham, uma superstição que se provava cada vez mais real.

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