Bebê De Açúcar (Bônus): Capítulo 10 - Beijo

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O dia começou claro e brilhante, e já cedo, Sans se mantinha acordado para enfim fazer a visita à Frisk no hospital. Era cedo, porém a limosine de Chara já estava à espera de Sans em um rua perto de sua casa, pronto para o levar até o local.

— Vejo que já está preparado, trouxe o que consigo? — A empresária de olhos escarlates perguntou ao ver Sans com uma cesta de piquenique em mãos. Era inusitado, mas o moço tinha de fato uma explicação plausível para ter o objeto ali no momento. 

— São algumas frutas pra ela comer — Falou enquanto se sentava num dos bancos da limosine, ajeitando-se no carro — Não sei se Frisk pode comer agora, mas acredito que tudo aqui seja leve o suficiente pro estômago dela — Terminou sua explicação, mostrando as frutas variadas, em sua grande maioria maçãs, dentro da cesta. Chara, em sua normal feição de desgosto, desdenhou da comida, achando uma total perda de tempo.

— Que seja, apenas não faça besteira quando for falar com ela. Não precisamos de mais problemas — Foi ríspida, Chara definitivamente não estava com bom humor hoje.

— Chara, você não parece bem pra quem vai ver a irmã hoje — Sans comentou, olhando a mulher desconfiado, franzindo uma das sobrancelhas.

— Tive uma discussão com minha mãe ontem que está me incomodando ainda, mas mão é nada que venha a ser do seu interesse — Virou a cabeça para o lado, ainda com uma carranca. Sans deu de ombros, afinal não tinha muito o que fazer. Os dois já estavam indo em direção ao hospital. A viagem era longa, e eles permaneciam quietos até chegar no local, indo direto a recepção.

— Olá, gostaríamos de ver a paciente Frisk Dreemurr — Chara falou séria, olhando a atendente fixamente. 

A mulher que estava atrás de balcão ajeitou os óculos e logo começou digitar, procurando os dados de Frisk em seu computador. Depois de alguns segundos, ela olha para os dois.

— Vocês são parentes da senhorita Frisk? — Perguntou de maneira fria e robótica, típico de sua profissão. Os dois se entreolharam, pensando na resposta, afinal, Chara era a irmã, mas e Sans? Como entraria? 

— Eu sou a irmã dela, Chara Dreemuur e ele é meu acompanhante, que vai visitar minha irmã. Ele pode vir, certo? — A empresária perguntou apontando com o dedão para Sans, que estava ao seu lado, e tenso por sinal. Ele mais que Chara estava com vontade de ver Frisk. Saber de seu estado era tudo que importava no momento. 

— Claro, é permitido dois acompanhantes por paciente — A atendente falou digitando algo no computador, depois pegando duas pulseiras — Aqui, me dêem os pulsos para eu colocar as pulseiras de acompanhantes — Assim que ela disse, os dois colocaram as mãos para frente, para enfim a atendente por as pulseiras em seus pulso — A senhorita Frisk foi levada para o quinto andar, o andar de repouso e recuperação — Falou os deixando com as mãos livres, voltando a digitar.

Sans e Chara se entreolharam novamente, depois indo em direção ao elevador que levava para os diversos andares que o hospital tinha. Sendo cavalheiro, o jovem adulto deixou a empresária entrar primeiro, indo logo em seguida, apertando o botão para o andar que o elevador deveria os levar. O clima estava um tanto tenso, com um silêncio horroroso reinado maldosamente entre os dois.

— Você vai primeiro — Chara falou fria, quebrando o silêncio que parecia durar horas, surpreendendo Sans, que a olhou um tanto assustado, porém mais confuso. 

— Eu? Por quê? — Perguntou afobado, não entendendo a decisão da gêmea laciva. 

— Tenho assuntos a tratar com minha mãe antes de ir à sala de Frisk, assuntos bem importantes — Chara cruzou os braços, ainda olhando para frente, ignorando o olhar perdido de Sans — Não que Frisk sinta minha falta. Depois daquela advertência sobre as ações, mas não importa, só espero que ela esteja bem — Terminou sua fala, e saiu primeiro do elevador, sendo acompanhado por Sans, que decidiu não falar mais. Os dois caminharam pelos corredores, passando pelas salas que tinham placas pequenas indicando os nomes de cada paciente. Eles passaram por várias portas, até chegar em uma escrito " Frisk Dreemuur", onde pararam antes de abri-la. 

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