Capítulo 08 - Já era Amor

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Oi, gente linda! 🤗

Que tal um pouquinho de calor para esse final de dia? 🥰

Hoje o capítulo está fofo e, ao mesmo tempo, quente! 💑

Vamos lá, então?

Ótima leitura! 

"Não me lembro mais qual foi nosso começo

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"Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser."

Clarice Lispector


Quando você está condicionada a um comportamento, permitir-se ter novas experiências exige confiança e, acima de tudo, coragem.


Suas mãos seguravam meu rosto; as chamas dos olhos queimavam-me; o calor do hálito lambia a pele do meu rosto; o roçar do tecido de suas calças, nas minhas pernas, arrepiavam-me; a eletricidade cortava entre nossos corpos. Os nervos dos antebraços dele vibravam. O esforço que fazia, aguardando minha decisão, deixava-o mais lindo. Um lindo diferente, não como o Breno – que tinha uma beleza gritante. Heitor se destacava dos outros pela sua aura introspectiva. Era como se desafiasse – o tempo todo – às pessoas a se aproximarem.

— Vou ter que implorar? — sussurrou, com a voz grossa. Minha falta de experiência me impedia de distinguir os diferentes tipos de vozes, mas, naquele momento, eu tinha certeza de que a dele estava bem mais grave do que o normal.

— Estou com medo — balbuciei e tentei desviar o olhar – sem sucesso. Ele mantinha-me em cativo.

— Do que tem medo? — Sua preocupação comigo estava aumentando minha ansiedade. Ouvi Priscila dizer, mil vezes, que os garotos não eram pacientes. Que era para eu esperar um pouco, pois, eles não entenderiam minha ideia de querer casar-me virgem.

Comecei a ter dificuldades em respirar, o ar parecia estar preso nos pulmões. Eu sabia o que estava sentindo, no entanto, não conseguiria explicar.

Heitor pareceu ler os meus pensamentos. Sorriu singelamente e acariciou minhas bochechas com os polegares. Ele era tão carinhoso e tão... adulto. Todos os garotos que eu conhecia, na escola, eram muito infantis. Só queriam saber de jogar vídeos-games e futebol na rua. No intervalo das aulas, eu me mantinha bem longe deles. As brincadeiras eram sempre muito sem graça.

— Vamos fazer assim, vou bem devagar e, se não estiver gostando, me pare, combinado? — assenti e não tive muito tempo para me preparar.

Assim como tinha feito na calçada, em frente ao prédio do conservatório, ele abaixou-se um pouco e encostou os lábios aos meus – de olhos bem abertos, avaliando minha reação. O toque da ponta de sua língua no meu lábio superior, provocou um encolher na minha barriga. Heitor sorriu, mas não parou.

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