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SEXTA - 04/01/2019

Jéssica's POV
Passamos a manhã inteira olhando e atualizando o site que libera os nomes dos participantes. Eu e a Thata estávamos surtando de ansiedade, tentei me aclamar, mas não dá. Toda hora a gente sai gritando pela casa, precisamos liberar energia. Estava preparando um chá (que eu nem gosto tanto assim) quanto ouvi um barulho na sala, parecia algo quebrando. Corri pra sala com pressa.

-Tá tudo bem, Thaíssa? — perguntei afobada assim que a vi ajoelhada no tapete.

-A gente entrou... — ela respondeu baixo sem olhar pra mim. Eu não acredito! Seria mesmo possível? — A gente entrou, Jéssica — ela completou calma quando se virou pra mim com lágrimas nos olhos.

-Não acredito! — disse igualmente emocionada, segurei o pano de prato que estava no meu ombro com força, mordi o lábio inferior e as lágrimas caíram, andei até o encontro dela a qual também se levantou e veio na minha direção. A abracei forte e nós duas choramos, não sei falar por quanto tempo ficamos ali.

À medida que nos acalmamos, ligamos para os nossos pais, outros familiares próximos e alguns amigos. Não podíamos acreditar! Maioria das nossas coisas já estavam organizadas em malas e mochilas, levei dois cadernos com folhas limpas para desenho, diversos lápis e pincéis, remédios, roupas, fotos e tudo mais que julgamos importante.

SEGUNDA - 07/01/2019

Mal dormi noite passada, liguei pra Amanda, uma amiga minha que é psicóloga para ela dar algumas dicas pra mim e pra Thata, ela me recomendou um livro que eu até já tinha, mas não lia há muito tempo, conseguiu me tranquilizar bastante. Nossas malas já estão à porta do apartamento há 3 dias, só temos que chegar no estúdio às 14h. A manhã passou arrastada, o tempo parecia não passar, quando finalmente o relógio bateu 12h saímos de casa, o endereço era um tanto longe.

Assim que pisamos o pé lá e vimos aquele monte de gente para todo lado, câmeras para cima e para baixo, segurei forte a mão da Thata e chorei, chorei muito. Quando, de fato, entramos no cenário que assistimos pela televisão nossa infância inteira, chorei mais ainda. Era tudo tão perfeito: a grama bem verde, a área da festa com luzes, a piscina grande do pátio, o Casebre todo arrumadinho (apesar de que não entramos nele), a Mansão gigante e encantadora, a Casa de Vidro avistei apenas de longe, mas parecia impecável, era mesmo feita toda de vidro. Me adentrei no local, soltei as malas no chão e ajoelhei na grama, chorando e olhei pro céu aberto do pátio.

-Obrigada, meu Deus, por tudo — agradeci baixo segurando meu colar outra vez. A Thata não chorava mais, quando ela viu tudo aquilo, ela soltou todas malas e a mochila no chão, abriu os braços e saiu saltitando por todo o local, acabei rindo dela.

Depois de um tempo namorando o espaço, foi chegando mais gente e ouvi os alto-falantes dizerem:

-Se acomodem na Mansão — as portas da mesma se abriram — Há quartos, banheiros, guarda-roupas e salas de recreação para todos. As câmeras serão ligadas em meia hora, vocês serão avaliados a partir de agora para que sejam distribuídos entre os três grupos. Os ensaios podem ser marcados na ficha que se encontra na parede do pátio. Meu nome é Alan Rodrigo e sejam muito bem-vindos ao...

-Win — eu disse por cima da fala do apresentador olhando pra Thata.

-Or — dizemos juntas.

-Fall? — ela completou entre pulinhos.

-Win! — terminamos em uma só voz.

Pegamos nossas coisas e adentramos na casa. Era gigante e incrível. A cozinha era de dar inveja, três geladeiras, a Mansão tinha 6 andares, 4 quartos em cada um, jacuzzis em todos os pisos. Era um sonho!

Win or FallWhere stories live. Discover now