- Filho, está pronto? – a Choi perguntou abrindo a porta do quarto, vendo JeongHan ainda colocar seu tênis – Vamos, você vai perder o horário com o médico assim. – o apressou indo buscar as chaves.
O Yoon estava confuso, ele queria sim provar para si mesmo que ele era louco e que tinha cura, mas uma pequena e barulhenta parte de si não queria saber se ele era louco, essa pequena parte queria ser louca e especial.
SeungCheol estava na casa de Mingyu, então a casa estava vazia durante todo o tempo que o loiro permanecesse no médico.
Ao chegar no local, enquanto sua mãe passava algumas informações para a secretária, o Yoon teve de preencher uma enorme lista bem pessoal, mas eram as coisas que o médico provavelmente precisaria saber de si antes da consulta.
Suas mãos tremiam e suavam frio, estava ansioso, temia por saber da verdade, mas ver aquelas poucas linhas ali das poucas pessoas que estavam presentes, de certa forma o fazia ter mais certeza de que precisava sim do médico. Afinal, as luzes ele nem se importava mais.
Entregou a ficha para a secretária que entrou na sala do médico em seguida. O celular ficou o distraindo durante o tempo com o viciante e irritante joguinho de fazer combinações, sequer percebeu quando sua mãe cutucou seu braço e o avisou que já podia entrar.
Aquela sala estava muito gelada, JeongHan se condenou por não ter trazido consigo seu moletom para aquele lugar. O médico deveria estar entre seus cinquenta ou sessenta anos, e era em sorridente de primeira impressão.
Começou com perguntas simples, coisas normais, até que ele pegou a lista e mostrou para o Yoon, que olhou confuso.
- Você disse que nunca teve relações amorosas com pessoa alguma. Nem do sexo feminino ou masculino. Eu entendo, você estava do lado de sua mãe e pode ter ficado envergonhado por ter que responder a verdade, mas agora que estamos só nós dois, dois homens, pode dizer o número real. Eu preciso saber para ter ideia se você já passou por algum trauma de relacionamentos.
- Mas essa é a verdade. Eu nunca me interessei pelo motivo que minha mãe escreveu na minha ficha. Eu vejo linhas do destino, vejo com quem cada pessoa está predestinada a ficar, e como eu não tenho a minha linha, eu não me interesso.
- Mas... Você é um garoto, incontestavelmente bonito, no segundo ano do ensino médio. Você realmente é impressionante por essa marca. – não iria contestar o loiro, os olhos dele diziam a verdade e comprovavam que as palavras ditas eram verdade.
Aquela consulta não seria nada legal para o loiro.
~ εïз ~
- JeongHan, fala alguma coisa. – a mesa do jantar estava mais silenciosa do que nunca, tanto pelo fato da mãe já ter saído para o trabalho, como por JeongHan não falar nem uma bobagem sequer.
- Alguma coisa. – respondeu sem tirar os olhos da comida.
- Yoon JeongHan. O que o médico falou? – interrogou já sabendo que era esse o motivo do silêncio.
- Nada.
- Nada?
- Nada.
- Quem nada é peixe. – disse já começando a se irritar com a teimosia do irmão - Fala logo, o que aconteceu? – o loiro abaixou a cabeça ainda mais do que já estava e soltou um suspiro pesado.
- Eu preciso tomar remédios, e... O meu caso não é nada bom por que não tem cura. Ele disse que é consequência da pancada que minha cabeça sofreu aos oito anos, e como é uma área danificada, os remédios só vão diminuir as alucinações das linhas e luzes, mas nunca irá apaga-las.
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You're my angel
FanficJeongHan não teve uma infância normal, não se lembrava de nada de sua vida antes de acordar enfaixado naquele hospital. Não se lembrava de sua família, não se lembrava de como foi parar lá, não se lembrava de nada. A única coisa que sabia, é que ele...