A Matilha • jjk-pjm

8- Você vai ser meu amigo?

Ele retira os alimentos e os guarda em seus devidos lugares em seguida retira os supressores e os coloca no armário junto dos demais que restaram desde a última vez que se descontrolou.
Mas antes de terminar de guardá-los Jimin abre um dos recipientes e retira dez supressores de uma só vez para tomar com a intenção de apagar por pelo menos um dia já que ele consegue sentir seu lobo dentro de si se contorcendo para o dominar novamente desde o encontro com seus pais.

Ele teve que usar todo o autocontrole dentro de si para não acabar se transformando no reino e acabar se revelando.

Bebendo um copo de água junto Jimin toma os supressores e vai cambaleando até a cama em seu quarto onde desaba e acaba sonhando com o seu passado.

                      18 anos antes

— Mamãe eu posso segura-lo? — Um Jimin de apenas cinco anos de idade pergunta olhando para o pequeno embrulho nas mãos de sua mãe.

Jimin estava eufórico pois o seu irmãozinho mais novo havia acabado de nascer e agora ele teria um amiguinho para brincar consigo.

Olhando para o neném dentro do embrulho Jimin fica completamente encantado com o pequeno alfinha dormindo tranquilamente ali e no mesmo momento ele desejou ter um bebezinho para si também.

— Você não pode segurar ele, e já lhe disse para não me chamar de mãe. — A senhora Park repreende o filho mais novo duramente e se levanta tirando o bebê da visão do ômega.

— Ele ainda é muito pequenininho para mim segurar né mamãe? Tudo bem então eu vou esperar ele se alimentar bem e virar um alfinha forte para mim segurar ele. — Jimin fala dando pulinhos tentando enxergar o neném no colo da mulher que está em pé.

— Você não irá tocá-lo garoto, meu filho alfa finalmente nasceu e não vou permitir que você se aproxime dele, nem fale com ele e muito menos brinque com ele. — A Senhora Park fala em um tom ríspido para o garoto que para de pular e a olha com os olhos cheios de lágrimas querendo escapar.

Para o pequeno Jimin era difícil entender o porquê de sua mãe e seu pai o rejeitarem, o porque dos empregados evitarem ter contato consigo ou o porque de não poder sair e ter amigos como as outras crianças que ele via através da janela.

Havia feito algo de ruim para seus pais? Ou ele era alguém ruim? Tudo era tão difícil de entender e mesmo assim Jimin continuava a tentar se aproximar de seus pais e ser carinhoso com eles mas sempre acabava sendo repreendido e rejeitado por eles.

— Então quando eu crescer eu vou ter o meu próprio bebezinho alfinha e vou cuidar muito bem dele e encher ele de beijinhos. — A criança inocente fala alegremente deixando de lado o fato de que acabara de ouvir coisas ruins de sua própria mãe.

— Para você ter bebês precisa que um alfa goste de você primeiro e você acha que algum alfa irá se interessar por um ômega estranho como você algum dia? Um ômega com um cheiro diferente e uma aparência estranha? — A Park mais velha questiona o filho rindo quando o garoto começa a chorar.

— Eu vou encontrar um alfa bonzinho que me ame e vou ter um bebezinho alfinha com ele. — Jimin fala bravo mas com um bico nos lábios enquanto as lágrimas correm pelo seu rosto deixando o nariz pequenininho avermelhado.

— Não fale comigo nesse tom seu moleque mal educado, suba para o seu quarto agora antes que eu lhe dê uma surra. — A mulher grita irritada assustando o bebê em seu colo e a criança a sua frente que sobe correndo as escadas com medo da própria mãe.

(No mesmo dia de madrugada)

O pequeno Jimin sai de seu quarto na ponta dos pés tentando não fazer barulho para que ninguém na casa acorde, já estava de madrugada e seus pais dormiam em seu quarto.

Jimin segue para o quarto de seu irmão mais novo onde ele está dormindo e abre a porta lentamente tendo a visão do berço onde o neném dorme.

Calmamente o ômega encosta a porta e caminha até o mais novo percebendo que ao contrário do que pensava o bebê não estava dormindo e sim acordado com os enormes olhos castanhos virados em sua direção.

  - Oi alfinha, eu sou o seu irmãozinho mais velho, meu nome é Jiminie mas você pode me chamar de hyung - Jimin fala sussurrando e colocando o dedinho na mão do neném, o bebê logo agarra o dedinho com a sua mão pequenininha e o encara com os seus olhos redondos.

  - Mamãe me disse hoje que eu não vou poder brincar com você mas não ligue para isso porque eu vou vir te ver toda noite tudo bem? - Jimin pergunta e o neném da um sorriso banguela para o irmão mais velho.

  - Quando você crescer eu vou te proteger de tudinho e não vou deixar ninguém te fazer mal.

O neném continua agarrado ao dedo do ômega que fica por um longo tempo encarando o irmão mais novo até o bebê cair no sono. Jimin então dá um beijinho na testa dele e tira o seu dedinho do aperto do neném.

  - Espero que você seja meu amiguinho quando crescer, eu não tenho nenhum - Jimin fala e então sai do quarto tão cuidadosamente como havia entrado.

O ômega continuou a visitar seu irmão mais novo em seu quarto todas as noites até os quatro anos do alfa, quando sua mãe descobriu e passou a trancar o ômega em seu quarto durante a noite.

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Postei o capítulo com um dia de atraso porém... Hoje a att é dupla, daqui a pouco volto para postar o próximo capítulo.

E no próximo o parquinho vai pegar fogo minha gente, a melhor parte da história está começando.

Votem e comentem para incentivar, até daqui a pouco

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