Capítulo 8 - Hora da patrulha

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Olá pessoal,

Estou de volta com um capítulo bem tenso. 

Boa leitura,

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Ladybug pousou a alguns metros de distância de onde Chat Noir estava deitado olhando o céu com as mãos sob a cabeça. Ela se aproximou com cuidado para não incomodá-lo e deitou ao lado dele inalando o ar fresco da noite. Ela estudou o perfil dele; não tinha a aparência suave de alguém observando as estrelas. Em vez disso, mantinha uma expressão séria, sua mandíbula se contraindo de quando em quando.

— Um centavo por seus pensamentos, Gatinho — Ladybug disse, desviando os olhos dele.

— O ataque hoje. Aquele garotinho parecia tão solitário. Não que eu esteja julgando os pais dele, é só que... a mulher que veio buscá-lo era a babá. Ela admitiu que os pais dele estavam dando atenção demais ao bebê e deixando-o de lado.

Ele não elaborou, ficou claro que era um assunto doloroso para ele. Ele estava projetando sua própria vida na situação. Ladybug entendeu por que ele estava tão tenso. Gabriel preencheu-lhe a mente, seu comportamento frio, sua falta de envolvimento na vida de Adrien. A quantas competições de esgrima Gabriel não aparecera? Ele nunca tinha ido à escola, sempre mandando Nathalie em seu lugar. Adrien quase nunca reclamava, mas ela o vira em muitos de seus momentos frágeis para saber a verdade. Ela balançou a cabeça para clarear a mente. Talvez um dia ela pudesse falar com ele sobre sua vida em casa, mas não hoje.

— Eu também não vou julgá-los, mas se eu estivesse no lugar deles, tentaria incluí-lo nos cuidados com o bebê. Pedir a ajuda dele, talvez na hora do banho; pequenas coisas para que ele pudesse se sentir útil. — Ela sorriu imaginando a cena.

— Foi assim que seus pais agiram com você? — Chat Noir ofegou. — Eu sinto muito. Eu...

— Eu sou filha única. — Ela deu uma risadinha vendo a surpresa dele por ela compartilhar informações pessoais. — Não é como se você pudesse me descobrir só com isso.

— Nunca se sabe. — Ele meneou as sobrancelhas. — Estou brincando. — Chat riu e voltou o olhar para o céu com uma expressão muito mais suave. — Se eu estivesse no lugar do pai dele, tentaria dar a ele todo o tempo que eu pudesse, brincar com ele, ajudar a mãe com ele. — Ele parou um pouco para pensar. — Eu cuidaria do bebê também, para que minha esposa também passasse algum tempo sozinha com ele.

Ladybug fechou os olhos, sentindo a garganta se contrair. A esposa dele. Como a conversa deles chegou a esse ponto? Era tão fácil imaginá-lo fazendo aquelas coisas domésticas. Há pouco tempo, ela o imaginara construindo um forte de travesseiro e depois lendo para os filhos fazendo vozes; ela se juntaria a eles com a comida que prepararia. Talvez naquela época ele tivesse imaginado algo semelhante, formando uma família com Ladybug. Agora ela não tinha ideia de quem ele estava imaginando como sua esposa. Não era nem Kagami pelo que sabia.

Seus olhos se abriram quando ela lembrou que Ladybug não deveria saber sobre a decisão dele de permanecer apenas amigo de Kagami.

— Esposa, hum? Pensando tão à frente com sua namorada? — Ela colocou o máximo de provocação em sua voz que pôde reunir.

— Ela não é minha namorada. — Ele suspirou e apenas alguns segundos depois ele se sentou de frente para Ladybug. — Oh, você quis dizer Kagami. Decidi não namorar ela.

— Você está me confundindo. Em quem você estava pensando? — Ela sentou-se também, a admissão dele de que pensava em outra garota como esposa atormentando sua mente.

— Desculpe, também é confuso para mim. Deixe-me tentar explicar. — Ladybug acenou com a cabeça para ele continuar. — Então, da última vez que conversamos, você disse que eu deveria namorar Kagami, mas eu não tinha tanta certeza disso. Eu não a amo. Ela é uma garota legal e temos tanto em comum que me sinto bem por estar perto dela. Eu não senti que isso fosse o suficiente. Então eu busquei outra opinião. — Ele disse um olhar culpado por não seguir o conselho dela.

O peso de ser um GuardiãoWhere stories live. Discover now