Conqueror G!P

Ciúme é o primeiro passo para um relacionamento abusivo.

— Claro. Sobre aquele incidente, eu sinto muito mãe. — Pedi, sentando-me ao seu lado enquanto mordiscava uma maçã do cesto de frutas.

Ela respirou fundo, tomando o café que fumegava na pequena xícara de porcelana.

— Seria mais conveniente se você trancasse a porta da próxima vez, poderia ser Sofia a entrar no quarto. — Engasguei com o pedaço da gruta doce que desceu pela minha garganta.

Encarei minha mãe um pouco incrédula e assustada. Não tem sermão?

— Sim. — Foi o que disse, vendo enquanto ela se levantava. — Espere!

Minha mãe parou no meio do caminho, ainda sem virar para me encarar.

— Eu não vou ouvir xingamentos?

— Dessa vez. — Ela completou, antes de voltar a caminhar para fora da cozinha.

Continuei sentada por alguns minutos, encarando a parede sem entender absolutamente nada.

[...]

Lauren POV.

Que vergonha! Eu nunca mais vou conseguir encarar a senhora Cabello...

Disse para mim mesma enquanto atravessava a cerca branca que levava até os fundos da minha casa. Sentia minha bochecha queimar em uma vergonha tão profunda que seria capaz de desmaiar. No entanto, parei no meio do caminho quando ouvi uma conversa baixa.

— Eu não sabia que havia voltado. Que bom vê-lo, Mike!

O senhor Cabello estava inclinado, apertando a mão do meu pai enquanto sorria fraco. Sua voz gentil logo fora cortada.

— Clara me contou o que está acontecendo. — Michael dissera, abaixando o tom cada vez mais. — Não acha que isso está afetando seu casamento?

A expressão de Alejandro pareceu carregada de repente, como se estivesse vendo um fantasma. Ele gaguejou um pouco antes de continuar.

— Estou de mãos atadas, Clara te contou isso também? — Ele parecia zangado. — Eu não posso sair, já estão com a minha cabeça.

— Me diga isso novamente quando vierem atrás da sua família. — Meu pai disse, tocando o ombro do homem mais baixo.

Pareciam bons amigos olhando por este ângulo.

— Você não entende...

Então, quando me inclinei para ouvir melhor, o vaso de margaridas que minha mãe havia ganhado de algum cliente doido caiu, estilhaçado no chão.

— Droga. — Xinguei, correndo rapidamente pra dentro antes que fosse pega bisbilhotando a conversa alheia.

— Filha? — Minha mãe estava parada no meio da cozinha, usando o pijama de seda com uma xícara fumegante nas mãos.

— Uh... Bom dia mãe. Eu preciso me arrumar, já estou atrasada. — Disse e então corri para o meu quarto.

De que diabos eles estavam falando?