Paixão Perigosa

3-Inesperado part.2 (final)

P.V. Konohamaru

Acordei meio tonto, fraco e confuso. Conforme abria meus olhos, me acostumando a luz, reconhecia o quarto de hospital. Acordei totalmente e as lembranças do que havia acontecido vieram a tona todas de uma vez. Enquanto colocava os pensamentos em ordem, a porta do quarto abre e um sorriso de alivio aparece em meu rosto, instantaneamente, ao ver quem entrava.

Udon e Mirai, acompanhados pelo meu médico, Doutor Hatake, aparentavam estar bem. Mirai veio correndo me abraçar e Udon deu a volta na cama e se sentou na poltrona que tinha ali. Depois de um tempo abraçando minha maninha começo a sentir algo molhando a minha blusa... ela estava chorando. Afastei o rosto dela do meu peito, sem quebrar o abraço, e limpei suas lagrimas:

-Tudo bem, Mirai! Vai ficar tudo bem!- Ela pareceu relaxar depois que ouviu a minha voz- Te amo maninha! Me desculpe, isso acabou estragando o seu aniversario...

-Mano...-ela me interrompeu com a voz ainda chorosa- você me salvou, salvou o tio Udon e uma sala de cinema inteira, impediu que fossemos mortos por uma mafiosa e nos salvou de uma bomba... desmaiou de exaustão e esta internado em um hospital... e sua preocupação é com o meu aniversario?!-terminou com uma voz cômica- tem que rever suas prioridades Sarutobi!

Ela riu um pouco e voltou a se aconchegar no meu peito. Ela fazia isso quando era criança e estava com medo de alguma coisa. Me xinguei mentalmente por ter preocupado ela.

Udon respirou fundo, enquanto Dr. Kakashi olhava o meu prontuário e parecia ficar mais revoltado a cada linha, olhei pro Udon e ele começou a falar:

-Tem muita coisa a ser dita, então vamos lá. 1º Obrigado por me salvar. 2º Sua mãe mandou avisar que vai te por de castigo se você não parar com essas loucuras. 3º Moegi está trazendo os relatórios e informações que conseguimos daquela mulher, sabíamos que ia pedir isso quando acordasse, então nos adiantamos, ela também vai trazer uma outra noticia de trabalho junto. 4º Nenhuma vitima grave nem muitos feridos, alguns poucos em choque mas nada demais. 5º Desculpe, eu tentei negociar, mas só consegui que você saia daqui amanha e com a condição de uma semana de molho em casa. Em suma é isso. Se me lembrar de algo te falo.- Acenei positivamente com a cabeça, mostrando que entendi.

A essa altura, o Dr. Kakashi já tinha lido meu prontuário. Ele parecia bem indignado e, não posso negar, com motivos. Ele respirou fundo e concertou a postura. Kakashi é meu médico desde que eu entrei pra policia. Ele é um médico incrível, e salvou a minha vida varias vezes. E... conhecendo ele do jeito que eu conheço, a bronca vai vir depois, acompanhada de 3 paginas de recomendação, 1 semana de repouso obrigatório( que eu vou dar um jeito de burlar) e uma redação (digna do ENEM) de como dormir bem é importante pra saúde. Tô apostando nisso! Ele pôs todos os papeis no lugar e disse:

-Sei que é reconfortante pra vocês dois ver que o Konohamaru esta bem, mas ele precisa descansar! Venham comigo por favor.- Ele indicou a porta e Mirai apertou o abraço.

-Posso ficar mais um pouco com minha irmã? Não vou conseguir dormir sem ela!- Ele olhou pra ela e entendeu o que eu quis dizer, e meio relutante permitiu:

-Ok! Mas trate de dormir e se recuperar!- Ele e Udon foram até a porta e antes de sair ele se vira pra mim e diz- Alias prepare-se pra amanhã, Sarutobi Konohamaru, você não perde por esperar!- E me dirigiu um olhar assustadoramente maligno de "vou falar no seu ouvido até você gritar por socorro amanhã".

Depois de um tempo deitados com ela me abraçando e eu dando carinho nela Mirai dormiu. Ela parecia tão serena dormindo... me lembrou de quando ela era pequena e fugia pro meu quarto com medo por causa de algum filme de terror. E, lembrando daquela época, adormeci também. Quando acordei já estava escuro, olhei pro relógio e ele marcava 23:20, estava tarde! Mirai estava num sono pesado, mas mesmo assim tomei cuidado ao me sentar, não queria acorda-la. Assim que acabo de me sentar, a porta abre lentamente e revela meus pais que devem ter vindo correndo de viagem. Imediatamente levo o dedo a frente da boca em sinal de silêncio. Eles assentem, meu pai pega Mirai cuidadosamente, sorri pra mim e leva ela até o carro. Minha mãe me faz voltar a deitar e pergunta: