22. Prisioneira em Volterra

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Jovem, Renesmee Cullen! - Aro canta meu nome feito uma canção de ninar. — É um deleite ouvir seu estranho coração outra vez.

Respiro fundo tomando coragem, levanto os olhos do chão opaco e encaro os tronos ornamentados que são ocupados por Aro, Caius e Marcos. Eles estão estáticos com a minha presença e encaram Jane em busca de respostas. Não deixo de notar que eles e suas esposas usam roupas pomposas de estilo vitoriano, com toda certeza estão no meio de uma comemoração particular. Acima dos tronos talhado no mármore observo a inscrição em latim "Vita brevis, ars longa", que significa "a vida é curta, a arte perdura". Lembro-me do quadro dos Volturi pendurado no escritório de Carlisle, é como se aquela imagem bizarramente tivesse criado vida.

"Olá, Aro".  - comprimento e minha voz soa tão melodiosa quanto na primeira vez que o conheci.

— Qual honra devemos sua visita? - pergunta curioso e percebo seus olhos vermelhos rubi brilham de excitação.

Mestre, peço perdão pela intromissão... - Jane desculpa-se com uma pequena reverência. — Há alguns anos o senhor me incumbiu de tomar as decisões que envolviam os Cullen para não ser previsto e chegou ao nosso conhecimento algo terrível...

Aro desliza a língua seca pelos lábios finos, ele parece sedento com cada palavra proferida por Jane.
Como se estivesse esperando muito tempo por esse momento e por nenhum segundo duvido disso. Inveja? Vingança? Poder? Não consigo distinguir seus sentimentos. Nesse instante as portas do enorme salão rangem abrindo-se e por ela passa Lucian arrastando Nahuel.

Meu coração pula no peito ao vê-lo, ele está debilitado, magro, sujo, e acima de tudo, vivo. Impactada pela cena, tento me livrar das mãos frias de Félix e Demitri, mas sem nenhum esforço eles conseguem me conter. Apenas minutos depois Nahuel parece notar minha presença, com seus olhos negros rodeados por olheiras roxas. Provavelmente estão o torturando, alimentando com poucas quantidades de sangue para permanecer vivo, mas não forte o suficiente que possa lutar e fugir.

— Renesmee? - questiona sem acreditar nos próprios olhos.

—  Oi, sou eu. Tudo vai ficar bem... - tento parecer confiante, mas falho miseravelmente.

— Jane?! - Caius questiona com a voz aguda e todos no salão desviam a atenção para o vampiro loiro. Ele parece furioso, nitidamente não foi comunicado dos planos da sua querida súdita. — O que diabos isso significa?!

— Nós ouvidos histórias sobre os híbridos que anunciam uma nova raça... - Jane hesita, temerosa por suas palavras. — Mestres, alguns acreditam que essas crianças são uma distorção bíblica de Adão e Eva. Uma espécie de fim e início para os vampiros....

— Já era hora, não? - Marcos sibila, aparentemente cansado demais para continuar nos jogos de poder. Ele é repreendido com olhares por Aro e Caius, que incentivam Jane a continuar.

— Não bastante, essa garota imunda... - Jane aponta em minha direção e o nojo torna-se presente em sua voz. — Ousou ter relações com um lobisomem e gerar uma criança tríbrida!

Primeiro o salão cai em um silêncio mórbido e sombrio, como se uma névoa de mal presságio envolvesse todo o ambiente. Mas não há espanto, talvez Aro tenha previsto na Campina anos atrás que o relacionamento da minha família com os lobisomens resultassem em algo assim. Além disso, noto o rosto de Marcos se repuxar em um sorriso de alívio e os olhos de Caius brilharem com a notícia. A maior interrogação em minha mente, é a expressão facial de Aro. Ele não transparece surpresa, raiva ou medo, seu semblante é curioso e posso ouvir o fino ranger de dentes que emite.

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⏰ Última atualização: May 11 ⏰

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Sol do Meio Dia - Jacob e Renesmee (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora