Dezoito

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Hoje é meu aniversário ♡ Vou soar muito clichê se disser que meu maior presente são vocês?

Ah, quer saber? Que se dane! Vocês são muito especiais pra mim, cada um, desde aquele leitor fantasminha até aquele que comenta e vota sempre. Obrigada. Hoje somos 58k!

Alvorecer está acabando, espero que durante toda a trajetória da fanfic eu não tenha decepcionado vocês em nenhum momento. Se o fiz, me perdoe.

Eu não vou para por aqui, novas histórias vão vir, novos universos e muito amor dos Taekook!

Comentem muito, votem também :( Percebi que o rendimento dos caps diminuiu! Não deixem de dar amor, principalmente agora que só falta o ultimo capitulo + epílogo.

AVISOS ⚠️
Esse capítulo pode ser sensível a algumas pessoas por conter homofobia e algumas palavras que possam machucar. Não é nada pesado (no sentido de ter cenas explícitas e violência demasiada), mas não custa nada avisar!

Boa leitura! A tag é #AlvorecerTk no twitter e meu fc é o vantesgod.

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[3990 words | Taehyung POV]

Passei horas trancado em meu quarto, olhando-me no reflexo do espelho e odiando o que eu via. Pobre Kim Taehyung, herdeiro legítimo da dinastia Kim, mas de que isso servia agora? Eu nem tinha o necessário para governar a mim mesmo, quem dirá uma nação!

Covarde.

Deitei-me na cama. O quarto parecia diminuir de tamanho, as paredes ameaçavam me esmagar. Eu estava angustiado, e as pessoas ao meu redor pareciam ignorar isso. Quando eu poderia ser feliz?

Nunca.

Desde que retornamos a Baekje, tudo parecia ter virado de cabeça para baixo, ainda mais agora que faltavam apenas poucas horas para meu casamento.

Meu pai falecera e levara consigo todo o apoio que eu tinha no palácio. Era ele quem me escutava, quem me incentivava a correr atrás dos meus sonhos. Para ele, eu era seu filho querido antes de ser o futuro imperador de Baekje. Lidar com sua perda estava sendo algo realmente difícil para mim, o sentimento vinha em peso, esmagando meu peito e me sufocando.

Durante os últimos dois dias, eu só saía do quarto para comer, voltando a me trancar logo em seguida e me debulhando em lágrimas por horas a fio. Lágrimas grossas e pesadas que manchavam minha face, tentando e falhando miseravelmente em aliviar a dor em meu coração.

E tudo, tudo! Só piorava quando eu pensava em Jeongguk.

Eu o amava tanto... e não poder tê-lo em meus braços, não poder sequer vê-lo só aumentava meu sofrimento. Sua ausência evidenciava os rasgos em minha alma e abria outros mais, doía muito.

Na primeira noite após a batalha, eu mal consegui dormir, pois sempre ao fechar os olhos eu escutava sua voz sussurrar em meu ouvido, me pedindo para ir ao seu encontro, para beijá-lo... O vento balançava as cortinas de meu quarto, como um sinal de que ele estava realmente me chamando.

Eu queria ir até ele, eu queria tanto ir até ele.

Houve momentos em que me levantei da cama, disposto a correr atrás de Jeongguk, tomá-lo em meus braços e reivindicá-lo para mim perante todos. A essa altura, ele deveria estar com sua família. Em casa. Em segurança. Eu sabia que devia estar sendo tão difícil para ele, quanto para mim. Afinal, nunca duvidei de seu amor. Contudo, talvez fosse melhor para ele se ver longe do palácio, uma vida pública pode ser extremamente desgastante. Jeongguk tinha um espírito livre, gostava de sonhar e de ser ele mesmo. Já eu, bem, eu vivia preso à imagem que minha mãe idealizava para mim.

Alvorecer | taekookWhere stories live. Discover now