Alvorecer | taekook

Treze

Não me matem por conta do fim desse cap, imploro!!!!!! Contudo logo estarei de volta !!!

Boa leitura :)

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Por sorte quando a porta do bunker finalmente abriu, eu e Taehyung estávamos a uma distância segura um do outro. Havíamos interrompido nossa sessão de beijos poucos instantes antes, só para que eu colocasse minha peruca de volta. Minha verdadeira identidade ainda era um segredo para os demais membros da realeza afinal de contas. Ajeitei minhas vestes ao escutar as dobradiças rangerem, numa tentativa falha de tentar parecer apresentável. Taehyung riu enquanto observava minha dificuldade.

Eu não sabia quanto tempo se passara, mas com certeza já era dia.

- Senhor e senhorita. - O soldado que abriu a porta nos cumprimentou com uma reverência. - Desculpem-nos pela demora, contudo não precisam se preocupar, pois tudo está sob controle.

- Quantos mortos? - O príncipe perguntou sem rodeios, seu olhar se mantinha sério e preocupado. Apesar de minhas palavras, eu sabia que Taehyung ainda se culpava pelo ocorrido, mesmo que aquilo fugisse de seu controle.

- Cerca de vinte, alteza. Todos soldados - explicou o homem prontamente. - Ainda estamos contabilizando o número de rebeldes abatidos.

Dito isso, seguimos para o salão onde todos estavam reunidos. Durante o percurso, os sinais da batalha eram visíveis. Diversas janelas tinham suas vidraças quebradas, algumas paredes continham manchas de sangue e rachaduras, uma porção de móveis do primeiro andar estava fora do lugar, e alguns tinham sido danificados. Não havia corpos, o que me levou a pensar que os enterros já estavam em andamento.

Assim que chegamos ao salão, procurei por Soojin. Não que eu tenha me esquecido de Momo e Yerim, só que Soojin era um caso especial. Eu a considerava minha melhor amiga. Quando meus olhos encontraram os dela, um sorriso de alívio surgiu em minha face. Contive-me para não sair correndo em sua direção e lhe dar um abraço apertado. Seria embaraçoso e também tinha o estado de Taehyung a considerar...

...ele parecia quieto demais. Eu entendia que seus pensamentos estavam atrapalhados, mas mesmo assim não deixava de me preocupar. Numa tentativa de acalmá-lo, juntei minha mão à sua. Ele retribuiu e apertou forte, como se temesse que os rebeldes invadissem novamente o palácio e me levassem para longe dele.

Se dependesse de mim nada nem ninguém nos separaria, não agora que havíamos assumido nossos sentimentos.

Quando nos aproximamos de nossos soberanos, o rosto do imperador Seuho pareceu recuperar a cor. Ele puxou Taehyung para um abraço, enquanto a imperatriz Yunah apenas alisava os cabelos do filho, como se evitasse um contato maior.

Desde o começo da Seleção, a imperatriz nunca foi de demonstrar muito afeto. Aliás, para mim era surpreendente o senhor Kim ser mais carinhoso dos dois, dada à posição que ele ocupava. A mulher sempre mantinha uma postura imponente, e seus discursos eram muito convincentes. Por ser extremamente hábil usando as palavras, ela conseguia tudo aquilo que almejava. Eu percebia a forma com que ela controlava as escolhas do filho, e talvez, só talvez, essa antipatia que a senhora Yunah sentia por mim fosse porque pela primeira vez Taehyung não seguia suas ordens, me eliminando da Seleção conforme ela queria.

Algo em minha aparência ou jeito chamou sua atenção. Com certeza foi minha ousadia ao piscar para ela no nosso primeiro encontro... Para a senhora Yunah, meu comportamento e aparência fora dos padrões eram um problema.

Deixei os pensamentos sobre a imperatriz de lado no momento em que Soojin me puxou para um abraço. Retribuí, sussurrando algumas palavras de conforto ao pé do ouvido dela.