10.

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Stephen

- Espera! - eu murmuro ao sair do carro. James me encara, esperando que eu lhe de o veredito final para saber se ele fica ou vai embora. Faço um sinal com a mão e ele acelera.

- O que foi agora? - Ayla empurra a porta de casa e arremessa os sapatos para bem longe de seus pés. Eu fico atrás da entrada, esperando que ela me convide para sair dessa nevasca fria e nada confortante.

- Eu posso entrar?

- Não.

- O que? Eu pensei que..

- Eu estou brincando, babaca, é claro que você pode entrar. Só não repara na minha casa! Provavelmente não vale um sequer móvel da sua mansão imensa.

- Eu não me importo com isso.

Eu entro em silêncio, seguindo-a para todos os cantos que ela vai. A casa é simples, mas não tão simples quanto eu imaginei que fosse. Há um grande aquecedor para que ela não congele aqui dentro em dias como os de hoje: extremo frio e nevasca. Quando entramos no quarto, ela começou a se desfazer das roupas sem sequer se importar com a minha presença aqui. Arregalo os olhos, mantendo-me atendo a cada movimento seu. Nossos olhos se encontram de repente, e a eletricidade no ar é tão palpável e tensa que posso sentir meu coração acelerar. Ela se desfaz do sutiã com facilidade, ainda com os olhos atentos em mim.

- Você levou a sério a minha indireta, não? - Ayla ri. Seus dentes são brancos como porcelana, e seu sorriso é encantador. - o que pretende fazer para me beneficiar, senhor Wylie? Porque caso você não tenha nada em mente, eu tenho utensílios que podem me ajudar.

Ela abre uma imensa gaveta de seu armário e tira de lá um objeto inesperado, tem o formato de.. sei lá, eu não sei bem descrever o que é isso. Eu sento que estou chegando ao meu limite e que eventualmente irei explodir de tanta tensão. Essa garota é o fogo puro em pessoa, não se contenta com pouco, e eu sinto que estou prestes a me queimar. Eu nunca fui de fugir muito do casual, a menos que as mulheres me peçam, mas quase nunca acontece. E eu entendo que ela esteja quase se ajoelhando para me pedir por isso, mas eu não consigo reagir quando estou perto dela! É como se uma força maior me mandasse apenas obedecê-la em silêncio.

Talvez seja isso..

- Eu quero que você me dê ordens.

Tudo fica em silêncio de repente. Sinto uma pontada firme no peito, mas permaneço quieto, olhando-a para que ela entenda o meu recado.

- O que? - ela agarra o objeto em seus dedos, sinto uma onde forte de arrepios atravessando todo meu corpo - como é que é?

- Sim.. ah.. você precisa mandar eu fazer o que você quer.

- Você está dizendo que, para eu me beneficiar de alguma forma, eu precisarei mandar em você para que você reaja?

E agora ela está frente a frente comigo, olhando-me com curiosidade. Caralho.

Eu. Vou. Explodir.

- Sim, Ayla. É isso o que você entendeu.

E eu acabo de descobrir que é realmente isso o que eu preciso! Eu preciso que ela me dê ordens.. mesmo que isso seja fora do meu comum, eu quero que ela me mande fazer tudo o que quer, porque só assim eu vou ter forças o suficiente para reagir de alguma forma quando essa mulher estiver perto de mim. É como se ela fosse a minha.. dona? Eu não sei bem o que dizer sobre isso, ainda é tudo uma grande novidade para mim, mas é assim que eu me sinto.

Eu PrometoWhere stories live. Discover now