Família Specter

CAPÍTULO 28

HARVEY ON

Volto da firma um pouco tarde hoje, ainda estava nos trâmites finais pra troca de nomes, de Pearson Specter Litt para Specter Litt somente, Jéssica estava indo embora pra Chicago ela acabou assumindo a culpa de um problema imenso onde eu enfiei a gente, acho que nunca vou conseguir mostrar para ela o quanto eu sou grato.
Assim que chego em casa me lembro o quanto Greg estava estranho no caminho pra casa, ele não quis me dizer o que aconteceu, mas eu sabia que tinha acontecido algo e eu iria descobrir.
Subo as escadas e abro a porta de seu quarto, mas ele está dormindo tranquilamente, acho que podemos deixar essa conversa para amanhã, saio e fecho novamente a porta.
Entro no quarto e tomo um banho, depois coloco uma roupa e me deito na cama, até receber um e-mail me intimando para um processo, quando abro o e-mail vem a surpresa, EU NÃO ACREDITO QUE ELA FEZ ISSO!
No e-mail falava sobre a guarda do Gregory, sobre os direitos da Scottie sobre ele e blá blá blá, não consegui nem ler tudo, meu cérebro estava explodindo de raiva já, não acredito que ela tenha feito isso ou pior, será que ele quer isso? MEU DEUS SOCORRO, pensar nessa possibilidade fez com que um peso caísse sobre as minhas costas, ERA MINHA CULPA! Ele queria ir embora porque eu bati nele daquele jeito.... Não sei nem o que dizer agora... Sinto todo o ar dos meus pulmões irem embora e começo a sentir a crise chegando... O pânico tomou conta e simplesmente não consigo respirar, tento procurar a bombinha, mas meu corpo já estava fraco.

CAROLINE ON

Nem acredito que finalmente estou em casa, hoje foi definitivamente um dos dias mais cansativos da minha vida, foi uma correria o dia inteiro atrás de provas, evidências, depoimentos, entre várias outras coisas, só que todo esse alívio vai embora quando escuto barulhos vindo do quarto do meu pai.
Entro correndo no quarto e o encontro no chão do quarto quase sufocando, corro até o banheiro do seu quarto e pego a bombinha, ele a usa umas duas vezes e a coloração do seu rosto começa a voltar ao normal e a respiração vai voltando.
Desço pra buscar água para ele e volto rapidamente, ele já está sentado na cama, mas ainda parece assustado com tudo o que aconteceu.

- Eu tô bem, não precisa me olhar desse jeito - Ele fala pegando o copo na minha mão.

- De que jeito? Assustada? Porque eu tô assustada! - Falo me sentando ao seu lado.

- Não foi nada demais filha... Só que dessa vez estava longe de mim - Ele fala se defendendo.

- Dessa vez? Isso voltou a acontecer desde quando? - Pergunto olhando confusa pra ele.

- Não voltou... Talvez... Desde que a Scottie voltou - Ele fala com a respiração finalmente suavizando.

- Mas o que aconteceu hoje? O que fez isso hoje? - Pergunto.

- Recebi um e-mail... - Ele faz uma pausa pra pegar o celular e me entrega com o e-mail aberto - Eu sabia Caroline! Eu sabia que ela faria isso e dei ele de mão beijada pra ela.

- Papai isso não significa nada, talvez ele nem saiba disso - Argumento para tentar acalma-ló - Ela não deve nem ter contado pra ele que fez isso.

- Eu bati nele Carol... Ele pode estar com raiva e... Tem todo o direito do mundo de me odiar por isso - Sua respiração volta a ficar acelerada - Ele deve ter pedido isso a ela...

- Não pai, ele nunca faria isso! Não é a primeira vez que vocês dois brigam e ele nunca demonstrou raiva por isso - Fala tentando deixar ele calmo.

- Antes ele não tinha pra onde correr Caroline... - Sua voz já era de choro, meu irmão é nitidamente a coisa que ele mais ama no mundo.

- Pai por favor... Ele não faria isso, eu tenho certeza - Falo passando os braços em volta do seu ombro - Já falou com ele?

- Ele estava estranho no carro, talvez seja por isso... Não queria falar comigo direito - Seu olhar é triste, só de pensar na possibilidade de perde-lo - Fui falar com ele quando cheguei, mas já estava dormindo, não quis acorda-lo.

- Talvez devesse falar com ele pai, só assim pra isso sair da sua cabeça - Falo soltando seu ombro - Mas não começa a brigar com ele, conversa com ele, pergunta calmo e deixa ele falar.

- Tem razão... Preciso falar com ele - Ele fala levantando e indo em direção a porta.

- Mas pai... Por favor escuta ele, deixa ele falar - Falo indo em direção.

GREG ON

Acordo com o meu pai me chamando na beirada da cama, passo a mão nos olhos pra me acostumar com a claridade e sento na cama. Ele parecia preocupado, alguma coisa tinha acontecido.

- Que horas são? - Pergunto finalmente acordando de verdade.

- Acho que umas 23 horas... - Me pai responde levantando.

- Por que me acordou? Tá cedo pra levantar - Resmungo deitando de novo.

- Eu quero conversar com você - Ele responde sentando do meu lado da cama.

- Não pode ser de manhã, não? - Continuo resmungando.

- Amor... Poder até pode, mas pode ser agora? - Ele parece meio confuso, então eu sento novamente pra ouvir o que ele quer falar.

- Tudo bem, o que aconteceu? - Pergunto encostando minha cabeça no seu ombro.

- Na verdade eu tenho três coisas pra conversar com você - Ele faz uma pausa e coloca o braço em volta das minhas costas - Primeiro eu queria pedir desculpas por ontem, a gente até se acertou ontem, mas eu não tinha pedido desculpas por ter usado força demais e ter te machucado mesmo.

Mal sabe ele que eu nem estou com raiva de ontem, na verdade nem fiquei com raiva, só com dor.

- Em segundo lugar, quero que me conte o que aconteceu hoje... Na hora do almoço - A pergunta que eu não queria ouvir finalmente chegou - E não diga que não aconteceu nada, por favor, por que eu sei que aconteceu alguma coisa pra você ter ficado chateado.

- A gente discutiu papai... Só isso, aí eu fiquei com raiva e te liguei pra ir me buscar - Respondo e não era totalmente mentira, a gente discutiu sim, eu só não contei que ela me bateu.

- Se era só isso porquê não me contou no carro? - Meu pai pergunta deitando minha cabeça na sua perna e fazendo carinho no meu cabelo.

- Porque eu tava chateado, não foi nada demais pai, sério - Respondo tentando fazer parecer que é verdade.

- Se você diz... - Ele fala e coloca a mão no cós da minha calça do pijama, PELO AMOR DE DEUS NÃO ME BATE, coloco a mão rápido pra segurar o cós.

- Calma amor, eu só quero saber como está, tá bom? - Droga! Agora ele vai ver que ainda tá muito vermelho, só que não por culpa dele.

- Tá melhor papai... Deixa pra ela - Falo tentando fazer ele trocar de assunto.

- Deixe eu olhar Greg, quero ver se não machucou de verdade - Ele tira minha mão do cós e baixa a calça, logo em seguida a cueca.

- Meu Deus! Filho me perdoa, eu não sabia que tinha machucado tanto, ainda está muito vermelho... Eu sinto muito Greg, eu posso passar alguma coisa aí, uma pomada? - Que merda! 50% desse vermelho nem é culpa dele, eu vou ter que contar - Eu sinto muito mesmo filho... Me desculpa!

- Pai? - Falo pra achar a dia atenção pra mim - Eu tenho que te contar uma coisa, mas por favor não fica bravo!!

- O que é? - Ele pergunta subindo minha calça e box de novo.

- Eu meio que surtei no almoço... Quando ela começou a falar do senhor... Eu irritei ela e... - Faço uma pausa na fala, eu sei que ele não vai deixar isso barato - Ela me bateu...

- ELA FEZ O QUE???!! - Ele basicamente grita pro prédio todo ouvir - ELA NÃO TEVE ESSA CORAGEM, TEVE???

Era essa reação que queria evitar, meu pai não aceita que mais ninguém toque um dedo em mim ou na minha irmã, ele não vai deixar isso passar...

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Postei dois hoje, porque acho que não vou conseguir postar amanhã, então espero que gostem😊

O que será que o Harvey vai fazer?

Será que o Greg vai pedir pro pai não fazer nada?

E a guarda... Será que a Scottie vai conseguir??