CAPÍTULO 15

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HARVEY ON

Desperto dos meus pensamentos quando escuto meu celular vibrar em cima da mesa, vejo o número e é desconhecido.

- Alô?  - Pergunto esperando alguém se manifestar do outro lado.

- O senhor é Harvey Specter? Pai de Gregory Wayne Specter? - Sinto meu coração gelar ao ouvir o nome do meu filho completo.

- Sim, sou eu. O que aconteceu? Está tudo bem com ele? - Pergunto acelerando as palavras.

- Eu sou o policial Donovan, seu filho sofreu um acidente de carro e estamos o encaminhando ao hospital do centro da cidade.

Sinto meu coração pular pela boca, ACIDENTE? Meu Deus! Desligo a ligação e saio correndo desesperado pelo corredor da firma. Entro no carro e dirijo o mais rápido que eu consigo até o hospital, chegando lá vou até a recepcionista e pergunto do meu filho. Ela me diz para ficar esperando pois ele está em uma cirurgia.
  Aviso a minha filha do que está acontecendo. Não consigo ficar sentado esperando, ando pela recepção de um lado para o outro com as mãos no cabelo e vejo um policial de aproximar de mim.

- O senhor é Harvey Specter? - Ele pergunta  parando na minha frente.

- Sim, sou eu.

- Temos aqui a documentação do seu carro e alguns documentos do seguro que foi acionado automaticamente com a batida, levamos o carro para o reboque da delegacia... - Ele fala me entregando os papéis - ... Pra retirar de lá  somente com a sua presença.

- Sim, sim e o estrago foi grande? - Pergunto me lembrando que o acidente foi com o meu carro, meu carro favorito...

- Sinceramente, a frente do carro está quase irreconhecível - Ele responde com um olhar de pena nos olhos.

- Droga... - Interrompo  minha fala ao ouvir alguém falando comigo.

- O senhor é parente do paciente... - Ela faz uma pausa pra ler no papel - ... Gregory W. Specter?

- Sim, sou o pai dele - Respondo rápido ao finalmente ouvir sobre o meu filho.

- Ele acordou, pode entrar para vê-lo - Ela diz me levanto até o quarto onde está o meu filho.

Entro no quarto onde meu filho está, ele está cheio de equipamentos médicos em volta, sua cabeça está com um curativo grande na testa e o braço esquerdo está engessado e ele parece estar dormindo ainda. Me aproximo dele e passo a mão no seu cabelo e o vejo abrir os olhos.

- Papai... Eu... Eu não bebi... Eu juro - Ele fala pausadamente cada palavra tentando se justificar.

- Tudo bem... Tudo bem querido... Falamos disso quando estiver melhor, okay? - Respondo enquanto acaricio o seu rosto.

- É... Verdade... Papai... Não bebi... Juro...

- Tudo bem amor, mesmo, eu não estou bravo... - Talvez um pouco pelo carro, mas tudo bem.

CAROLINE ON

Assim que recebo a ligação do meu pai pego minhas coisas e vou direto ao hospital, no meio do caminho Derek me liga.

- Liguei porque estava com saudades da sua voz amor - Meu Deus onde você estava todo esse tempo?

- Eu amo você sabia... Mas a gente pode conversar outra hora, estou indo pro hospital - Falo descendo do carro e indo em direção a recepção.

- Hospital? Você está bem? Aconteceu alguma coisa? - Sua voz tem um tom de preocupação.

- Não é nada comigo é com o meu irmão, parece que foi um acidente de carro... - Falo enquanto procuro alguém para me mostrar onde fica o quarto.

- Seu irmão? Falando nele... Acho que dou aula pra ele.

- QUE? SÉRIO? - Respondo gritando de susto com a notícia.

- Calma! Ele não sabe quem eu sou, certo? - Ele responde com a voz calma.

- Certo! Verdade! Preciso desligar agora, eu te amo. - Digo me despedindo.

- Eu também te amo! - Ele responde e desliga o celular.

Acho uma enfermeira e ela me mostra o quarto aonde meu irmão está. Entro no quarto e vejo meu irmão dormindo na cama do hospital cheio de aparelhos e vejo meu pai sentado no sofá ao lado da cama.

- Oi! - Falo abrindo a porta silenciosamente.

- Oi amor! Não fale muito alto, ele acabou de dormir... - Meu pai responde enquanto faz sinal para eu sentar ao seu lado.

- O que aconteceu? - Pergunto me referindo ao acidente dele.

- O policial falou que ele não conseguiu frear quando o outro carro veio na direção dele... Estão esperando os resultados dos exames para saber se ele passou mal enquanto dirigia ou se estava bêbado... - Meu pai respira fundo ao contar a história, talvez tentando manter a calma.

- Bêbado? Eu duvido muito, falaram com a Valentina? Não era com ela que ele tinha ido se encontrar?

- Liguei para ela um pouco antes de você chegar. Ela disse que eles passaram a tarde toda juntos, mas de noite ele foi pra casa pois disse que tinha outro compromisso - Meu pai responde enquanto passa a mão pelos cabelos - ... Ele mentiu pra mim Carol e agora está aqui no hospital, seja lá quem ele foi encontrar deve ter dado bebida a ele.

Fico em silêncio depois de ouvir ele falar isso, ele não estava errado em pensar isso, só que eu acho que tem mais nessa história, Greg nunca beberia pois sabe que meu pai acabaria com ele se descobrisse, menos provável ainda ele beber e dirigir o carro do MEU PAI bêbado.

Família SpecterWhere stories live. Discover now