CAPÍTULO 2

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HARVEY ON

Chego na firma ainda nervoso por tudo o que tinha acontecido, Greg as vezes me impressiona com as várias maneiras dele de querer chamar atenção. Não posso culpa-lo por isso, eu passo muito tempo aqui na firma e quando chego em casa brigo com ele por coisas banais, não que a gente viva sempre brigando, porém esses momentos se evidenciam mais do que os outros.
  Vejo Caroline entrando na minha sala com um semblante preocupado. Caroline é minha filha mais velha, tem 23 anos e é formada em direito assim como eu, ela trabalha aqui na firma como sócia júnior, ela é um prodígio pra idade dela.
  Percebo que ela está falando comigo, porém não escutei nada que ela disse.

- ... Pode me contar o que aconteceu? - pergunta ela preocupada.

- Aconteceu o que? - Digo sem entender do que ela estava falando.

- Eu procurei por você e o Mike disse que tinha saído pra ir na escola do Greg, por que precisou ir lá?

- Seu irmão xingou uma professora que QUASE resultou na sua expulsão! - Respondo ela irritado só de lembrar de toda a confusão.

- Mas como assim? Xingou? - Ela me indaga incrédula de que o irmão realmente tenho feito o que eu falei. Caroline sempre defendeu o Greg com unhas e dentes, ela praticamente me ajudou a criar ele, depois que a mãe foi embora e nunca mais voltou.

- Exatamente isso Caroline, seu irmão passou de qualquer limite hoje, mas já está tudo bem. Ele está em casa, provavelmente dormindo. - Digo dando de ombros, não quero falar sobre isso agora.

- Pai, sabe porque ele faz essas coisas e você ainda vai lá e bate nele!

- Como sabe que eu bati nele? E outra ele não tem 5 anos pra ficar aprontando igual uma criança que não sabe o que está fazendo! - Respondo me alterando um pouco, não gosto da maneira como ela me contrária quando o assunto é o Greg, ela sempre me coloca como o vilão da história, enquanto ele faz o papel de bom moço.

- Ninguém me falou nada, você mesmo acabou de me responder.  Não precisa ficar nervoso, eu sei que isso é sério e que não podia passar em branco. - Diz ela tentando fazer minha paciência voltar. - Só que talvez se o senhor tentasse perguntar o por quê dele ter feito o que fez, as coisas fossem mais fáceis pra vocês.

- Eu já ouvi o suficiente por hoje Caroline, eu sei muito bem do que o seu irmão precisa e naquele momento eram boas cintadas, só assim pra ver se ele cresce. - Digo irritado. - Agora chega desse assunto!

- Tudo bem pai, eu sei que não faz por mal, só tem quer ter mais paciência. - Ela sempre tenta me deixar calmo quando estou a beira de surtar. Eu realmente não sei como Caroline pode ser minha filha, ela é o extremo oposto de mim, enquanto Greg é a minha cópia fiel.

Observo ela deixar minha sala enquanto volto minha atenção a papelada na minha mesa, tinha muita coisa para fazer, o caso contra o Daniel está sugando toda minha paciência e energia.
  Levanto e vou até a sala da Jéssica pedir para de deixar assumir o caso como advogado principal, afinal eu sou muito melhor que o Louis nisso.

- Jéssica, você sabe que eu sou melhor nisso do que ele, o ponto alto do Louis são números e o meu são os acordos. É disso que precisamos agora, um acordo, assim ninguém sai manchado na história. - Digo a ela, que me observa de cima a baixo.

- Eu sei Harvey, sei que é melhor nisso do que Louis, mas o caso é dele, o máximo que você pode fazer é ajudá-lo pois não irei retirá-lo do caso. - Me responde calma como sempre. - Agora me diga por que está assim? Nervoso.

- Não estou nervoso! Eu irei ajudar o Louis nisso, mas tenho certeza que ele não irá me ouvir.

- Pois de um jeito dele ouvir, jogamos todos no mesmo time, se um cai, todos caímos, ao menos que você não ligue de cair ,faça alguma coisa! - É óbvio que com o nome da firma manchado todos nós caímos, mas isso não significa que afete diretamente a minha reputação.

  Deixo a sala da Jéssica e decido terminar a papelada em casa.
  Vou até o carro e dirijo até o apartamento, entro em casa e ela está silenciosa, o que é raro, porque mesmo Greg passando a maior parte do tempo sozinho aqui, ele sempre está jogando ou com o som alto.
  Deixo as pastas na mesa de centro da sala e subo até os quartos, abro a porta do quarto do meu filho e o mesmo dorme de bruços sobre a cama. Observo ele dormir por alguns segundos, eu devo ter passado dos limites hoje, estava sem paciência e acabei descontando nele. Fecho a porta do seu quarto silenciosamente e volto para a sala.
  Eu sei que sou duro com o Greg, de um jeito que nunca fui com a Caroline, porém ela também nunca me deu motivos para ser. Greg age por impulso na maioria das vezes e sempre acaba no meio de uma confusão, a pior parte é que ele não mente muito bem, então sempre leva a culpa das confusões. Ele é sincero e sensível, mais tem um gênio que as vezes me assusta.
   Decido pedir comida para o jantar já que não sou muito bom na cozinha e Mari está de folga, Mari é a cozinheira aqui de casa.
   Ligo e peço comida italiana, que é a favorita de todo mundo aqui em casa praticamente, assim que desligo o celular vejo Caroline entrar em casa, ela parece cansada e vem direto em minha direção.

- Está tudo bem? - Pergunto enquanto ela senta ao meu lado e deita no meu ombro.

- Está tudo bem, eu só estou cansada. - Responde ela me abraçando, passo meus braços em volta dela também. Eu sei que tem mais nessa história, mas não vou forçar ela a me contar.

Ficamos ali alguns minutos até que me levanto pra chamar o meu filho para jantar, a comida ainda não chegou, porém preciso conversar com ele antes de descermos para comer.

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Oi gente, hoje eu mostrei a Caroline para vocês e espero que estejam gostando. Comentem o que acharam😘☺️

Essa é a Caroline

Essa é a Caroline

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