Trigésimo Segundo Dia: Em Meus Sonhos

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   Não sei como eu cheguei até aqui

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   Não sei como eu cheguei até aqui.

   Tudo é coberto por uma névoa em minha mente. Mas queria poder esquecer. Mas sei que não poderia.

''Gostaria de falar com um familiar de Dylan Müller. ''

''Sinto dizer isso pelo telefone, mas o senhor Dylan Müller sofreu um grave acidente. ''

''Você precisa vir. ''

   Congelada de medo, dirijo até o hospital que me deram o nome. Não quero acreditar que é verdade. Talvez eles tenham errado. Talvez eles confundiram o Dylan com outra pessoa e o meu Dylan, que ainda está inteiro, está preso no trabalho. É, é isso que aconteceu. Estaciono o carro de qualquer jeito e entro no hospital. Me sinto anestesiada. Não sinto nada. 

– Com licença. – Falo para a mulher do balcão, que levanta o olhar. – Me ligaram dizendo que meu namorado sofreu um acidente, meu nome é...

– Senhorita Laura Inauen? – Olho para a mulher que me chama e ela sorri gentilmente. – Fui eu quem liguei.

– O que aconteceu? – Me aproximo da mulher, que continua sorrindo.

– Poderia vir comigo por alguns minutos, senhorita? – Insegura, hesito antes de seguir a enfermeira.

   Ela me leva até uma sala de reuniões, e me sento na cadeira. Quando me sento, ela percebe minha barriga de grávida e seu olhar sobre mim piora. O que está acontecendo?

– Por mais que eu gostaria que fosse uma boa notícia, não é.

– O que aconteceu com Dylan? – Começo a tremer de medo. Por favor, Deus.

– Ele sofreu um acidente e ficou em estado crítico. Sinto dizer, mas... – Vejo a enfermeira hesitar, engolindo em seco. – Ele faleceu durante a cirurgia. – Ela toca minha mão, mas separo minha mão da dela com força.

– O-Oque? Não, você está errada, você deve ter confundido. – Balanço a cabeça em negação.

– Não estou errada.

– Calada, quero vê-lo. Onde está Dylan? – Me levanto rápido e me apoio na mesa.

– Senhorita, por favor... – Ela estende a mão para segurar meu braço.

– Não me toque, eu quero Dylan. Onde ele está? – Olho para todos os lados, confusa. Eu quero Dylan. Onde ele está?

– No necrotério.

– Ele não morreu! – Grito, olhando para a enfermeira. – Pare de insinuar isso!

– Você quer vê-lo, certo? Vou leva-la até ele. – Concordo com a cabeça e sigo a enfermeira.

   Ela passa por corredores e portas, até chegar no elevador. Ela aperta um dos últimos botões no elevador e receosa, não falo nada. As portas se abrem quando chegamos e saio junto a ela, sendo recebida pelo necrotério.

Quebrados - Livro 2 da Série MafiososOnde histórias criam vida. Descubra agora