LAURA E ENZO
No dia em que Laura conheceu Enzo, ela tinha certeza que iria se queimar na relação. E foi o que aconteceu. Se pudesse, mudaria suas ações e decisões, mas não podemos mudar o passado. Não importa o quanto desejamos.
Enzo sabe que comete...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Se passaram alguns dias desde aquele fático evento onde vomitei e Dylan ficou do meu lado – cavalheirismo ou burrice? – e já estamos em dezembro. Para mim, o melhor evento do ano é o Natal. As luzes, presentes e comida sempre me deixam alegre e apesar de estar dias de distância do natal, estou animada. Como não poderia? Depois de cinco anos, passarão o Natal com minha família, amigos e... ainda tem o Dylan. Tipo, a gente é amigo e não sei se ultrapassar essa barreira é seguro. Se esse lance entre nós não der certo, a amizade vai ser prejudicada e eu ficaria devastada se perdesse meu amigo. Me importo demais com Dylan para por nossa amizade em risco.
E falando em natal, apesar de ama-lo, essa data está me deixando tensa. Eu estou grávida, e isso não é nenhuma novidade. Estava me olhando no espelho ontem e notei que minha barriga cresceu mais um pouco, ela não passa de um inchado, mas é um inchado um pouco maior agora. Sinceramente, nunca pensei que passaria o natal grávida. E, nossa, eu ainda nem procurei por um advogado. Apesar de não ser desculpa, não tenho cabeça para pensar em um advogado. E a cada dia que se passa, por mais que eu não queira admitir em voz alta, me apeguei um pouco mais ao fato. Chamar de feto me faz sentir melhor, como se não fosse um bebê. Rude e grosseiro, eu sei.
Não gosto de me sentir próxima ao feto, me sinto desprotegida. Eu preciso procurar um advogado logo, antes do fim do ano.
– Laura, como estão as coisas por aí? – Juliette diz pelo Skype e suspiro, colocando o bolo no forno.
– Bem o suficiente. – Juliette faz uma careta, amarrando seu cabelo em um rabo de cavalo.
– Sabe que não foi isso que quis dizer. E Dylan? O bebê? – Reviro os olhos e Juliette bufa.
– Tudo está bem por aqui, Juliette. E como andam as coisas em Vagas? – A questiono e a vejo suspirar, desviando o olhar. – O que?
– Encontrei uma pessoa hoje. – Franzo o cenho, estranhando.
– Quem?
– Mary. – Ouço o receio em sua voz ao pronunciar o nome.
Ah.
Mary me lembra sua irmã, Melissa, que me lembra de seu noivo, Enzo, que foi meu namorado.
Ótimo jeito de terminar o dia.
– Viu? É por essa cara que eu não queria contar. – Juliette resmunga e forço um sorriso.
– Nada a ver, ainda pode me contar as coisas. Me diga, o que aconteceu quando encontrou Mary?
– Não falamos sobre Enzo, se está curiosa. Ela me disse que Melissa decidiu passar umas férias na França, tomar novos ares.
– Novos ares farão bem a Melissa, assim como me fizeram. E eu não estava curiosa sobre Enzo. Eu já o superei, tenho certeza agora. Só é dolorido lembrar. – Dou de ombros.
