Capítulo 5

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Kate

Despertei com o sol em meu rosto. As cortinas do quarto estavam abertas. Olhei em volta e Nathan não estava mais ali. Pulei da cama para ver se ele estava tomando café. O relógio da cabeceira da cama mostrava 8h30 da manhã. Vesti o roupão e saí do quarto.

— Nathan? — Chamei por ele, mas não ouvi uma resposta. Amarrei o laço do roupão e entrei no quarto ao lado. Ele não estava lá. Andei até a sala de estar, e ele também não estava. — Nathan? — Chamei novamente e nada. A sala de jantar estava vazia, mas o café da manhã estava completamente servido sobre a mesa. — Nathan... — Tentei novamente. E então a ficha caiu: ele havia ido embora e me deixado sozinha aqui.

Sentei-me à mesa para comer algo. Servi-me com suco de laranja e torradas com geleia de morango. Comi e mexi no jornal que estava em cima da mesa, não lendo nada na verdade. Terminei de comer, entrei no banheiro, tomei um banho, enxuguei-me e fui para o quarto. Olhei para a cama e relembrei as cenas dele, seu cheiro, seu beijo, sua pele na minha. Ele havia sido o primeiro homem da minha vida, mas não seria o último. Peguei minhas roupas, joguei sobre a cama e comecei a me vestir. Ao terminar, olhei para o criado mudo e notei o dinheiro que ele havia deixado. Ali estava meu pagamento. Levantei e peguei o dinheiro, e embaixo dele havia um pequeno envelope. Abri, e dentro continha um cheque com US$ 20 mil dólares, além de um pequeno bilhete, dizendo que eu poderia sacar ou depositar o valor a qualquer momento, e agradecendo por ser meu primeiro amante.

— Uau! — Falei comigo mesma.

Infelizmente agora eu precisava voltar para minha realidade. Peguei minha bolsa e guardei o envelope, o cheque e o dinheiro. Uma nova olhada para a cama, os lençóis desarrumados. Seu cheiro estava por toda parte. Saí dali antes que me arrependesse de ter passado a noite com ele.

Desci para a recepção. Entreguei o cartão chave do quarto para a recepcionista, e ela me entregou um cartão. Não li, apenas guardei em minha bolsa e saí. Peguei o primeiro táxi que estava parado na frente do hotel. Dei-lhe meu endereço e esperei.

O trajeto para casa foi até tranquilo, apesar do trânsito matinal de Nova York, pois a Quinta Avenida estava sempre cheia. Nova York era a cidade onde tudo se podia conseguir. Em um mês e meio eu faria 18 anos e seria livre. Ou pelo menos em parte livre.

Finalmente o táxi parou em frente ao prédio onde moro. Paguei e desci.

Cumprimentei o porteiro com um sorriso. Ele abriu a porta para mim e eu entrei. Peguei o elevador e em menos de 2 minutos eu estava abrindo a porta de casa.

— Bom dia. — Cumprimentei minha mãe.

— Bom dia. Por que não respondeu minhas ligações ontem à noite? Fiquei preocupada. Quanto pediu para passar a noite com ele?

— US$ 1.500, mãe.

— Bom. Pelo menos pediu um bom preço. Dê-me o dinheiro aqui, vou guardá-lo.

Abri a bolsa e entreguei o dinheiro. Ela pegou e eu fui para meu quarto. Tranquei a porta e me sentei na cama. Caí para trás e fiquei ali, olhando para o teto. Que mãe eu tenho, hein?

Despertei de meus pensamentos ao ouvir uma batida na porta.

— Katherine, você tem um cliente às 14h no Hotel Plaza. Esteja pronta, mocinha. Ele paga muito bem.

Ela estava mesmo falando sério? Pulei da cama e abri a porta.

— Não vou a lugar nenhum hoje. Você sabe que tenho que ir comprar meu material escolar hoje, pois as aulas começam na semana que vem.

Acompanhante de luxo - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora