Capítulo 8

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Kate

Após minha sessão de nostalgia por alguém que jamais poderei ter, entrei no banheiro para um banho, me vesti com uma saia de cintura alta preta, e uma camisa branca. Sai do quarto e fui à cozinha procurar algo para comer. Preparei algo rápido, pão com pasta de amendoim, e comi, acompanhado de um copo de leite. Voltei para o quarto e escovei os dentes, preparei minha mini bolsa com camisinhas, gel, e coisas para higiene pessoal. Esse seria o último. Minha mãe me deu o endereço do hotel sem falar nada. Calcei os saltos e saí de casa, entrando no táxi e entregando ao taxista o papel para chegar ao bendito hotel. Dez minutos mais tarde eu estava na porta da suíte do Hotel Plaza. Dei as costas para a porta da suíte, pensando seriamente em desistir, mas o que eu diria para minha mãe quando chegasse a casa?

Ok, eu tinha que ser forte, esse seria o último. Bati na porta e ela se abriu quase que imediatamente. Era um homem de cerca de 50 anos, cabelos grisalhos e olhos incrivelmente azuis, iguais aos meus.

— Boa tarde. – Cumprimentei-o.

— Boa tarde senhorita, queira entrar, por favor. – Ele falou sorrindo e entrei. – Gostaria de algo para beber?

— Não, obrigada. – Respondi quase que imediatamente.

— Tudo bem.

— Então vamos ser bem diretos. O que faremos? Digo, o que deseja fazer? – Falei rapidamente, enquanto ele me olhava.

— Não faremos nada. Só quero conversar.

— Poderia ter ido a um psicólogo se só queria conversar.

— A sessão com um psicólogo é muito mais cara que uma ou duas horas com você, e você é muito linda, então tenho duas grandes razões para preferir você, a um psicólogo.

— Entendo.

— Sente-se. – Ele sorriu apontando uma poltrona. Andei até lá e sentei-me. – Quantos anos tem Kate?

— Você não viu no site?

— Oh! Desculpe-me, não vi.

— Tenho 24 anos.

— Que bom. – Ele sorriu. – Sei que pode parecer incomum um homem da minha idade contratar uma acompanhante, mas eu precisava conversar, e minha mulher não seria a melhor pessoa. Então, por que não uma acompanhante com quem posso compartilhar meus problemas?

— Entendo. – Falei com meio sorriso. Ok! Ele não queria sexo, menos mal, mas agora ficar ouvindo as baboseiras de um velho era demais né! – Desculpe a pergunta, mas quantos anos tem?

— Tenho 48 anos Kate. Sou velho o bastante para ser seu pai.

— Eu não tenho pai. – Falei curta e grossa.

— Não? Ele morreu?

— Nunca o conheci. Então simplesmente para mim ele não existe.

— Interessante. Conheço sua mãe há alguns anos, mas jamais saí com ela.

— Legal. – falei sem graça, por ele tocar nesse assunto. – Mas então o que gostaria de conversar, sobre o quê? Sabe que não temos muito tempo, certo?

— Não me importo com o tempo, e posso pagar quanto você pedir. Independente do valor.

— Oh! Ok. – Apenas sorri.

— Então, como estava dizendo, conheci sua mãe há anos atrás, ou melhor, meu irmão conheceu. E eles tiveram um pequeno caso. Eu liguei mais cedo para falar diretamente com você antes de marcar um encontro, mas sua mãe disse que você só sai de casa com o encontro marcado, por isso precisei agendá-lo.

Acompanhante de luxo - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora