Capítulo 39

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Kate

Subimos no avião e sentamos em nossas respectivas poltronas. Não conversamos muito, pois acabei adormecendo. Acordei quando o avião estava pousando, olhei rapidamente pela janela e já era noite em Nova Iorque. Nathan foi o primeiro a levantar-se, fiquei ainda olhando pela janela, e vi a Lamborghini dele lá fora.

– Chegamos, princesa. Vamos descer. – Ele falou enquanto estendia a mão para mim, segurei em sua mão e fiquei de pé, ele colocou um casaco sobre meus ombros. – Está frio lá fora. Ainda não começou a nevar, mas está frio. – Assenti e descemos as escadas do avião, indo para o seu carro.

– Vai dirigir hoje? Onde está David? – Perguntei.

– De folga. – Sorri, ele abriu a porta e entrei, quase que automaticamente liguei o som do carro, estava querendo escutar alguma música, estou com saudades do meu Ipod que deixei em casa. Ele colocou o carro em movimento e entramos na estrada rumo a algum lugar, não sei se a minha casa ou a dele. Sintonizando alguma rádio, encontrei uma que tocava pop e deixei nela, num som baixinho.

– Sabe estive pensando, quando passar o natal, eu gostaria de ir a um jogo dos Yankees, você me levaria? – Perguntei.

– Podemos ir sim.

– Que time torce? – Perguntei a ele.

– Eu?

– Sim, você.

– Nenhum.

– Está falando sério? – Olhei para ele com um olhar indignado, como assim ele não torcia por nenhum? – Nenhum mesmo? Nem Yankees, nem pro St. Louis Cardinals e nem San Francisco Giants. Meu Deus!

– Por que não estaria falando sério? Não costumo ir a jogos, nem quando era mais novo nunca cheguei a ir a um, estava sempre com meu pai na empresa, e também como o único menino eu tinha que aprender desde cedo que todo o império dele um dia seria meu.

– Entendo, você era um garoto ocupado.

– Exatamente.

– Mas, agora você pode ir comigo. O que acha? – Sorri olhando-o.

– Podemos ver após a virada do ano.

– Será bom, mamãe nunca me deixou ir a um jogo de beisebol, nem mesmo os da escola. Acho que ela tinha medo de ir comigo e acabar encontrando algum cliente.

– Vou com você, tudo tem uma primeira vez.

– Eu vou adorar, afinal logo mais eu estarei enorme como Amanda comentou outro dia e mal poderei andar.

– Amanda sabe da gravidez? – Ele perguntou.

– Sim ela soube quando passei mal na escola. Tirou as próprias conclusões, não contei a ela sobre nosso encontro e que o bebê é seu.

– Acho que está mais do que na hora de contarmos, se é que elas já não sabem se na Europa saímos no jornal juntos, que dirá aqui. Agora você é famosa Katherine. Querendo ou não, uma hora ou outra as meninas vão acabar descobrindo e é melhor que seja por você do que pela boca de estranhos, elas ficarão chateadas, eu as conheço bem demais.

– Eu sei. Eu só... – Parei por um momento pensando. – Só não estou pronta para contar.

– Eu entendo você perfeitamente, mas é como acabei de lhe falar, se você não contar, elas acabaram sabendo de qualquer forma. – Nathan parou o carro esperando o portão abrir, assim que abriu entrou e estacionou. Ele saiu do carro e veio abrir minha porta, desci e fomos para o elevador. Estamos subindo para seu apartamento.

– Vai cozinhar para mim novamente Sr. King? – Perguntei assim que passamos pela porta e ele me ajudou a tirar o casaco.

– Você quer? – Ele perguntou.

– Claro, até parece.

– É só você me ajudar. – Ele me puxou ao seu encontro, falando com sua boca quase tocando a minha. – Vamos, vou lhe por em cima do balcão, enquanto cozinho posso ficar admirando você.

– Ótimo. – Falei animada, enquanto ele me levantava e agarrava sua cintura com minhas pernas. Ele me levou pela sala, passando pelo corredor entrando na cozinha. Colocou-me sentada em cima do balcão que ficava no centro da cozinha. Deu-me um beijo casto e afastou-se abrindo a geladeira.

– Bem... Temos opções, massa, bife, frango, carne, queijo. – Ele foi citando as opções ali.

– Podemos fazer um jantar estilo medieval, com carne assada, queijo e frutas. O que acha? – Falei balançando as pernas.

– Só se eu puder ter você como minha sobremesa. – Ele me olhou rindo ainda com a geladeira aberta, que sorriso lindo. Esse é o homem que eu quero ter em minha vida, disso eu já tinha certeza, resta-me ter coragem de aceitar o que ele me oferece.

– Isso você terá sim. – Sorri.

– Maravilha. – Vi-o tirar duas variedades de queijo da geladeira, presunto, maça, melancia, uvas e outras frutas. Colocando tudo ao meu lado no balcão. – Vou precisar de ajuda para temperar a carne. – Ele falou sorrindo, fazendo um convite.

– Não precisa nem perguntar, ajudo sim. – Desci do balcão, e começamos a preparar a carne. Essa noite vai ser boa. E como vai.

Acompanhante de luxo - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora