11. Lendas Quileutes

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— Jacob! - me repreende dando um pequeno tapinha em meu bíceps e morde os lábios em seguida. — Não podemos fazer nada, o Billy está em casa. - fala olhando por cima do meu ombro em direção à casa.

— Eu não disse que esse banho seria no banheiro. - sugiro novamente e puxo sua mão para me acompanhar.

•••

Renesmee corre em alta velocidade, seus longos cabelos dourados apenas um borrão entre o verde das árvores. Agora estou em forma de lobo, é como me sentir realmente parte da natureza. Na forma do meu animal interior, meu corpo adquire dois metros e meio de altura, quatro patas com garras enormes, pelos e presas. Uma fera, capaz de matar qualquer coisa viva. Aumento minhas passadas, desviando das árvores e rochas que aparecem pelo caminho. Quando consigo ultrapassa-la com facilidade, sua risada de desafio escapa pela floresta.

Continuo correndo, ainda estamos nos perímetros da Reserva Quileute e posso ouvir os pensamos de Embry e Quil ao Norte. Somos ligados telepaticamente e na forma de lobo podemos compartilhar nossos pensamentos. Diminuo minha velocidade apenas para procurar ou esperar Renesmee, mas não a acho em lugar nenhum.

— Me procurando, lobinho? - pergunta, pendurada em uma árvore no alto da copa. Depois pula de árvore em árvore para obter vantagem.

Trapaceadora. Solto um uivo em protesto pelo seu roubo. Novamente volto a correr olhando para cima, não quero perdê-la de vista dessa vez. Renesmee pula quase dez metros de altura e pousa no chão graciosamente, ela é habilidosa como qualquer vampiro completo. Reduzo meus passos e paro em sua frente, posso enxergar meu reflexo pelos seus olhos castanhos.

— Eu preciso caçar, estou com sede. - fala olhando para os lados à procura de algum animal. Aponto com o focinho para o Leste, na direção da floresta Cullen. Mesmo com o imprinting, nem mesmo Renesmee tem permissão para se alimentar nas terras Quileutes. Apesar de ser alfa, nossas leis são definas pelo concelho de anciões e meu papel é apenas garantir que sejam cumpridas. — Tudo bem. - concorda.

Renesmee volta a correr e estou logo atrás, alguns metros a frente um pequeno rio demarca a divisão. Ela pula e faço o mesmo, entrando de fato nas terras que pertencem aos Cullen. Depois de alguns segundos, encontramos um pequeno cervo e rapidamente Renesmee o captura. De forma piedosa, quebra o pescoço do animal para que não agonize e bebe seu sangue. Enquanto ela se alimenta, volto a forma humana e acho uma bermuda escondida nos arbustos. Todos os lobos possuem esse hábito de esconder roupas na floresta, nunca se sabe quando vamos precisar.

Mesmo Renesmee sendo híbrida possui a maioria das vantagens de um vampiro, velocidade, sentidos, força e indestrutibilidade. Quando Bella estava grávida, ultra-sonografia e agulhas não penetravam no saco embrionário. Então, Carlisle supôs que apenas dentes de vampiro poderia danificar a pele. Pelo menos foi desse modo que Edward conseguiu retirar sua filha da barriga da mãe, a cena mais sangrenta que presenciei. Mas ninguém quis fazer o teste com uma faca ou arma de fogo.

Porém, há alguns anos saímos para caçar e Renesmee decidiu perseguir um puma selvagem. O animal revidou, lutando com as garras em seus braços e rosto. Claro que logo entramos no meio para tentar protege-la do ataque. Mas para nossa surpresa, Renesmee estava intacta e perfeita como sempre. O único poder que não possui é o veneno de vampiro, ela não pode transformar ninguém e isso quase a mantém salva. Depois de alguns minutos, estou vestido e ela aparece limpando os cantos da boca.

— Me desculpa. - pede se aproximando e entrelaça nossos dedos. — Pizza de quatro queijos é ótima, mas nada se compara ao sangue.

Sol do Meio Dia - Jacob e Renesmee (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now