¹⁰ || Aceitei aquele como meu destino final

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    Senti meu corpo arrepiar enquanto lutava para não acordar. Sonolenta, tentei puxar o lençol, o arrepio persistente que percorreu meu corpo ainda estava presente perturbando meu sono, mas algo estava errado, não encontrava o lençol. Abri os olhos rapidamente e levei um susto ao perceber que não estava no quarto em que dormia. Lembrei-me vagamente de sua proximidade, do hálito gélido em meu rosto, e de tudo ficar escuro. 
Antes mesmo de sair da cama, procurei a porta, notando que não havia maçaneta por dentro, era trancada por fora. Ao lado, me deparei com uma cômoda velha, um lírio vermelho pousado por cima de uma folha sobre ela, a mesma flor que me deu no primeiro dia em que o vi. Me levantei da cama e peguei a flor ainda cheia de vida como se tivesse sido colhida naquele instante. Olhei para a folha sem pauta, escrita de tinta preta e a peguei.

Se encontrou esta carta, é porque finalmente acordou. Espero que tenha encontrado um pouco de conforto na companhia da flor que deixei para você. 
Fico feliz que tenha tomado a iniciativa de procurar algo mais interessante do que as paredes brancas deste quarto.

Talvez você esteja se perguntando por que estou fazendo isso. Permita-me explicar. Este é um lembrete de que eu tenho total controle sobre você, assim como sobre este lugar.

Mas o que eu quero com isso? Simples: que você reflita, um momento para considerar suas ações e as consequências que elas têm.

A comida que lhe é fornecida é um privilégio, não um direito. Aprenda a apreciá-la, pois não haverá mais do que isso até que eu decida. 

Aprenda a respeitar as regras, aprenda que não serei tão generoso se me desafiar outra vez. Vamos ver o qão atenta és.

Pense bem sobre suas escolhas.

     Tirei os olhos daquelas palavras para olhar em volta e avaliar o quão cruel era esse castigo. O quarto, embora menor do que os anteriores, ainda assim era espaçoso, mas a falta de vida e a atmosfera opressiva tornavam-no desconfortável. As paredes eram de um branco impessoal, sem nenhum quadro ou decoração para quebrar a monotonia.
Não havia janelas, apenas uma única lâmpada no teto emitia uma luz fraca e sombria.

     A cama era grande, mas os lençóis tinham um cheiro molhado, de guardados por muito tempo, como se nunca tivessem sido trocados desde que o quarto fora deixado ali para apodrecer. Uma fina camada de poeira cobria todos os móveis do quarto, dando a sensação de abandono. No canto do cômodo, havia uma pequena mesa de madeira com uma cadeira igualmente desconfortável. 
O ar no ambiente era gélido, penetrando em minhas roupas finas demais para o clima, deixando-me constantemente tremendo de frio. E provavelmente quando a noite chegava, o frio se intensificava, tornando o ambiente ainda mais desolador.

MEᑌ ᗪOᑕE CᗩTIᐯEIᖇOUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum