1. O despertar

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OBSERVAÇÕES: Nessa história Renesmee Cullen é interpretada por Lily Collins e está com 16 anos de idade.

"A infância não vai do nascimento até certa idade. E a certa altura a criança está crescida, deixando de lado as coisas de criança."

RENESMEE CULLEN

Acordo um pouco sonolenta, meus olhos ainda embaçados pelo sol que adentra as paredes de vidro do meu quarto. Que horas são? Não faço ideia. Enfio novamente o rosto nos lençóis. Não quero levantar, prefiro ficar na cama o dia inteiro. Hoje não é um bom dia para mim. Escuto saltos altos vindo pelo corredor e sei a quem pertence.

Rosalie abre à porta e invade o quarto.

— Bom dia, querida! - ela sorrir abertamente, com os cabelos loiros emoldurando seu belo rosto imortal.

— Tia Rose, não estou me sentindo muito bem. Posso ficar deitada mais um pouco? - resmungo sem ânimo.

Ela lentamente caminha pelo quarto com sua postura impecável, senta na ponta da cama e procura minha mão embaixo dos lençóis.

— Nessie, eu sei que dia é hoje... Você não pode ficar na cama o dia todo. - seus olhos refletem pena.

A preocupação de Rosalie é quase palpável. Seu desejo de ser mãe refletiu em sua dedicação para minha criação. Eu sabia que para ela, sou como sua filha adotiva. Algo que a imortalidade lhe roubou ao lado de seu companheiro, Emmet.

Levanto minhas costas para ficar sentada, solto sua mão e cruzo meus braços embaixo dos seios. Me sinto vulnerável, poderia acabar chorando se ela continuasse me olhando desse jeito por mais tempo.

— Tudo bem, tia Rose. Eu vou levantar, tá bom?

Ela respira fundo, se arrasta pela cama e deposita um beijo frio no topo da minha cabeça.

— Não demore, estamos esperando você lá embaixo.

— Tudo bem. - respondo rápido, olhando ela sair do quarto.

Observo a bagunça do ambiente ao meu redor e suspiro pesado. No decorrer da semana deixei acumular livros na escrivaninha e roupas pelo tapete. Preciso organizar isso antes que minha Vó Esmee reclame. Desde o meu nascimento a família Cullen girava em torno de mim, o que não era algo necessariamente ruim. Às vezes eu me sentia como um cinto, amarrando todos em um só propósito.

Caminho em direção à varanda do meu quarto sentindo o vento frio de Forks arrepiar minha pele. Meus avós fizeram questão de reformar o antigo quarto do meu pai, para que eu me sentisse mais confortável. É até estranho, porque eu passo mais tempo aqui do que no chalé dos meus pais.

Suspiro olhando a floresta, minha visão se aguça e observo esquilos comendo nozes, aranhas fazendo teias e meu animal preferido, borboletas, voando de árvore em árvore. É uma manhã tranquila, tudo parecia normal. Mas, não pra mim.

Hoje faz dois anos da morte do meu avô Charlie, é um dia difícil para mim e para minha mãe. Perdemos ele para um ataque cardíaco, não foi fácil nos primeiros meses, na verdade, ainda continua não sendo fácil. Vovô Charlie faz muita falta. A recordação da sua voz rouca soa na minha cabeça, chamando o meu nome ao dizer que fez torta para o jantar. Meus momentos com ele estariam dentro do meu coração para sempre.

Sol do Meio Dia - Jacob e Renesmee (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now