A escolhida

Capítulo 17

— Está parecendo um pedido de casamento. — Rio com os olhos cheios d'água.

— Não. — Ele ri também — Isso não chega nem perto do pedido de casamento.

O encaro com os meus olhos arregalados. Ele ri.

— Vai me responder ou não? Estou nervoso aqui. — Confessa.

— É claro que eu aceito. — Digo sorrindo de orelha a orelha — É o que eu mais quero!

Beijo-o, animada.

Ele pega a aliança feminina e coloca delicadamente em meu dedo, depositando um beijinho nele.

— Posso colocar em você? — Pergunto, pegando a aliança masculina.

— Pode. — Responde com um sorriso tímido.

Então faço o mesmo que ele, finalizando com um beijo em seu dedo.

— Eu amei essas alianças. — Digo maravilhada.

— Também gostei. Quando vi achei a sua cara. Imaginei que iria gostar. Agora você é uma princesa com coroa...minha princesa com coroa — Ele me dá um sorriso bobo.

— Faltou a coroa na cabeça. — Brinco.

— Não tem problema. Eu compro várias para você. De ouro, prata, diamante, uma variedade de coroas para você.

Rio boba.

— Precisamos fazer algumas poses. — Diz Éverton — Lucas está nos fotografando.

— O quê? — Me viro para ver Lucas. Ele estava apontando a câmera para nós, sorrindo.

— Vai! Temos que fazer as fotos logo! — Insiste ele.

— Não creio que você montou tudo isso — Digo admirada.

— Você é fotógrafa. Merece ter fotos maravilhosas suas.

Lucas faz uma sessão de fotos conosco. No fim, ele me entrega o cartão de memória da câmera.

— Isso fica com vocês. Felicidades ao casal. — Ele sorri simpaticamente.

Estou me sentindo em um noivado. Será que é essa a sensação?

— Agora sim podemos ir embora. — Diz Éverton, pegando em minha mão e saindo da Arena.

* * *

Abro a porta do meu apartamento e não consigo acreditar no que estou vendo. Levo as mãos na boca mais uma vez.

A sala estava repleta de pétalas de rosas vermelhas, com algumas velas. Na parede, balões dourados formavam "Te amo ♥". E na mesinha de centro, uma caixa de pizza, uma garrafa de refrigerante com gelo e uma pequena cesta de trufas. Abraço Éverton, sentindo o cheiro do sabonete que usou depois do jogo, misturado ao seu perfume embriagante.

— Como você fez isso? E como sabia que eu iria aceitar? — Questiono confusa.

— Eu estava planejando desde o dia em que viemos para São Paulo. Só fiquei meio inseguro no início. — Explica — Falei com a Jackeline ontem, no pagode, e ela disse que poderia me ajudar e que você é louca por mim e não iria recusar o meu pedido.

Ele segura as minhas mãos e continua:

— Ela tem uma cópia da chave, que você deu a ela para que olhasse o seu apartamento enquanto estivesse fora, eu disse o que eu queria e ela fez. Tudo feito com muito carinho e cuidado para que estivesse pronto minutos antes de chegarmos.