The Curse

I Love You.

Todos comemoravam a vitória no Hall sem perceber que o castelo rachava e colapsava, pois sem que eles soubessem a última pétala havia caído e a maldição não tinha sido quebrada a tempo.

- Nós conseguimos Millicent! - Falou Blas abraçando a outra.

- A vitória é nossa! - Concordou Theodore mais atrás.

- Millicent? Milli!? - Perguntou Blaise ao ver que sua amada estava calada, mas ela já não era mais que um espanador encantado. - Não minha querida! - Se lamentou e foi forçado a colocá-la gentilmente no chão pois ele próprio sentia suas articulações de metal de enrijecerem definitivamente.

- Maninha você foi tão corajosa. - Afirmou Daphne tentando se aproximar uma última vez da irmã. - Adeus minha querida.

- Não! Daphne! Não me deixe... - Implorou tentando permanecer acordada, mas aos poucos, sua música morria, até que ela era apenas mais um cravo sem vida. Mesmo Frou-frou tentou acordar as duas donas, ele chorava e latia baixinho, entretanto ele próprio se viu imobilizado quando caiu de costas.

Pansy já tinha percebido o que acontecia quando começou a gritar por James.

- James! James! Alguém viu James? Alguém viu meu filho? - Perguntava desesperada enquanto via todos os seus amigos se silenciarem, não passando de mobília inerte. - Ele sumiu! Onde está meu ga-garotinho...? - E mesmo ela começou a ficar imóvel em frente a Theodore e Blaise que nada puderam fazer.

- Mãe! Mamãe! - Gritou James ao longe, saltando no ar para alcançar o carrinho de chá.

- Essa não! - Disse desesperado Theo ao ver a xicarazinha no ar sem qualquer magia, ele não conseguiria. James não conseguiria alcançar o carrinho e se estilhaçaria no chão como seu pires acabava de fazer.

- Não! - Falou Blaise tentando se aproximar, mas suas pernas não obedeciam.

Harry foi mais rápido e como um bom apanhador segurou a xicarazinha poucos segundo antes que alcançasse o chão. Ele a segurou com gentileza paternal e a colocou no carrinho ao lado da mãe que agora não era mais que uma linda antiguidade e algo sangrou no coração do moreno.

- Temos que fazer alguma coisa! - Falou Gina desesperada ao ver os objetos se tornando inanimados.

- Não há nada que possamos fazer... - Constatou Ron abraçando a irmã que escondeu o rosto em seu peito se encolhendo.

- Blaise, eu... não consigo...

- Está tudo bem, Theo.

- Foi... foi um prazer, meu amigo...

- O prazer foi meu. - Falou Blaise após uma mensura e quando se levantou era apenas mais um candelabro cujas velas se apagaram, como todas as luzes do castelo.

* * *

Hermione chorava sobre o corpo de Draco.

- Por favor... por favor, não me deixe... Eu te amo... - Sussurrou as palavras que a muito tentava encontra, o sentimento que a muito tentava entender. Mas era tarde. Tarde de mais...

Luna que parecia minimante entediada, surpreendeu-se com as palavras da morena e sorriu de lábios fechados. Ela se aproximou da redoma de vidro e com um gesto de mão fez as pétalas ganharem vida e rodopiarem, quando tocou o vidro ele estourou como uma bolha de sabão tornando-se pó reluzente que junto às pétalas flutuaram na direção de Draco o envolvendo. Hermione se assustou, mas as palavras ficaram mudas em sua boca enquanto ela via o seu amado envolto em luz e rosas. Luz como as fagulhas de uma chama, luz como o próprio sol da manhã!