Be Our Guest.

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Enquanto isso na torre Hermione, após a briga, voltou testar o comprimento de sua corda de fuga, mas era inútil. Mesmo usando todos os tecidos que encontrara no quarto não era o suficiente nem para alcançar a metade da torre. Ela continuava presa ali sem saber como fugir. Desolada, escorregou pela parede e abraçou os joelhos, estava sem ideias e não sabia o que esperar daquele que, com voz cruel, havia condenado seu destino e sonhos.

Foi interrompida por novas batidas na porta e levantando a cabeça gritou.

- Eu disse para ir embora.

- Não se preocupe, querida. - Falou uma voz feminina divertida e um pouco presunçosa. - Sou só a Pansy.

Mesmo antes de receber uma reposta a porta foi aberta e por ela passou um delicado carrinho de madeira escura estava um bule de porcelana junto a uma pequena xícara.

- Definitivamente é linda! - Falou o bule divertido e alegre. - É um prazer conhecê-la. Eu me chamo Pansy. - Apresentou-se o Bule que logo viu a tentativa de fuga da garota amarada ao pé da cama. - Oh, é uma longa jornada. - Comentou levemente entristecida. - Deixe-me cuidar de você antes que vá, sim? Uma coisa que aprendi com a vida foi que a maioria dos problemas parece um pouco menor depois de uma boa xícara de chá!

Hermione estava tentada a gostar de Pansy, assim como se viu gostando das outras decorações do castelo e teve que sorrir quando viu a bule repreender a xícara que saltava do carrinho rapidamente e se aproximava da garota. Quando a jovem tomou um gole da bebida quente, realmente se sentiu melhor, o chá de laranja com gengibre era reconfortante e a fez pensar que, talvez, seu problema não fosse assim tão grande. Ela era inteligente, descobriria em outra forma de escapar e afinal, tinha feito uma promessa para seu pai.

- Prazer em conhecê-la! - Falou a pequena xicarazinha. - Eu me chamo James. Quer ver um truque? - E mesmo antes da garota responder a xicarazinha já estava inflando o que seriam suas bochechas fazendo o chá se encher de bolhinhas que rapidamente se estouravam.

- James! - Repreendeu novamente Pansy enquanto a xicarazinha levemente lascada em um dos cantos ria contagiando Hermione. - Foi muito corajoso da sua parte o que você fez pelo seu pai, querida. - Continuou.

- Sim. Todos concordamos. - Falou Daphne, a armário.

- Eu estou preocupada com ele. Ele nunca ficou sozinho. - Admitiu a jovem enquanto se sentava na cama, confortável com a presença das que talvez viessem a ser suas amigas dentro daquele castelo.

- Anime-se, querida! No fim, tudo vai dar certo – Afirmou Pansy. - E você vai se sentir bem melhor após o jantar.

- Mas ele disse que se eu não comece com ele não comeria nada. - Falou intrigada com a afirmativa da outra.

- As pessoas dizem muitas coisas quando estão com raiva. É nossa escolha ouvir ou não! - Falou piscando para a garota. - Agora vamos, querida.

Hermione apenas sorriu e seguiu o carrinho que levava Pansy e James. Esse último, a garota imaginava que fosse o filho da primeira.

Na grande, todo estavam alvoroçados em retomar os preparativos de um grande banquete.

- Estão vindo, checagem final. - Gritou Blaise para o pessoal.

- Se Draco descobrir que você desobedeceu uma ordem direta dele, não venha implorar minha ajuda depois. - Falou Theodore, que estava encostado perto da lareira com os braços cruzados. - Mas nunca ninguém perdeu dinheiro apostando na desonestidade. - Riu e perguntou. - No que eu posso ajudar? Desde que depois ele não venha me culpar.

- Fique tranquilo Theodore. Vou me certificar que você seja o primeiro da lista de agradecimentos quando Draco quebrar a maldição e ainda se apaixonar! - Brincou o Candelabro enquanto se voltava para o relógio que o seguia. - Porque estou dizendo, essa garota é a escolhida! E ele precisa se apaixonar para que nós nos tornemos humanos novamente. E como ele pode se apaixonar se ela ficar trancada naquele quarto? - Continuou tagarelando enquanto saltava de mesa em mesa fazendo a vistoria dos talheres e o Theodore a dos pratos. - Ei Goyle, você deixou passar esse aqui. - Falou o primeiro devolvendo uma faca para o cabideiro.

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