Capítulo 9

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Oi, ovelhinhas!!!

O nosso dom diabão está de volta! Huhuhulll...

Avisos logo após o capítulo!

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Ana Flor

Com o coração disparado, eu entrei na cafeteria e fui direito para a área dos fundos, onde ficava a cozinha. Vesti meu avental com as mãos trêmulas, me atrapalhando ao fazer o laço nas costas. Em seguida prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Eu estava agitada demais. Alessandro me deixava assim. Ele sempre me deixava fora de mim. Achei que não fosse conseguir controlar o que eu sentia quando ele se aproximou, debaixo dos parreirais e deslizou os dedos em meu rosto. Meu corpo inteiro aqueceu e eu me vi uma tocha humana, desejando sentir mais dele, querendo muito mais desse homem que um simples toque.

Recostei-me no balcão e suspirei fundo. Alessandro não saía do pensamento. Parecia que eu sentia seu cheiro fabuloso impregnado em minha pele. E como ele cheirava bem. Meu Deus! Era um pecado esse homem ser tão bonito e tão perturbador. Durante o passeio e depois no trajeto da vinícola até aqui, eu sentia seus olhos sobre mim o tempo todo. Era como se ele observasse cada gesto meu. Nada escapava aos seus olhos.

Eu estava cada dia mais intrigada com esse homem. E depois do que Alessandro disse hoje, sobre o amor, a maneira cética com que falou sobre o assunto me deixou ainda mais cismada. A minha curiosidade sobre a vida dele crescia cada vez mais. Eu queria saber o que acontecera com ele para que o tornasse assim. Alguma coisa o marcou profundamente para que ele se tornasse esse homem pecador, imoral e calculista. Talvez fosse loucura da minha cabeça, ou talvez eu estivesse tentando encontrar respostas para minhas indagações. Mas eu queria tanto descobrir mais sobre ele, seus segredos, desejos, medos. A vontade era imensa, mas o medo era maior. Eu devia ficar longe desse homem e de todo o pecado que ele exalava. Para o meu bem.

Eu estava imersa em meus pensamentos, quando Lurdinha entrou na cozinha segurando uma bandeja. Ela se aproximou enquanto mascava seu costumeiro chiclete.

— Que cara é essa, Florzinha? Parece que acabou de ver um passarinho. — Ela riu baixinho deixando a bandeja sobre a mesa.

— Eu estou pensando nas tarefas que eu tenho que fazer — respondi tentando disfarçar a situação.

— Sei... — Lurdinha se recostou no balcão e me encarou. — Eu vi quando você chegou e desceu do carro de Alessandro.

— Ele me deu uma carona — falei enquanto pegava o bloco de notas e a caneta.

— Alessandro tá doidinho pra te pegar, Florzinha. — Ela deu outra risadinha.

— Tá ficando maluca, Lurdinha? Eu, hein! — bradei indignada, sentindo o rosto pegar fogo.

Flor do Éden - desejo e pecado - Parte 1Where stories live. Discover now