Capítulo 6

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Oi, ovelhinhas!!!

O capítulo demorou, mas está grande e apaixonante! Huhuhull ❤️😍

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❤️❤️❤️

Alessandro

Foi um erro eu ter ido até a cafeteria! Mas eu precisava ver Ana Flor, precisava saber como ela estava. Fazia mais de uma semana que eu não a via e senti necessidade de vê-la. Isso estava me deixando puto. Nunca agi por impulso. Eu sempre pensava muito antes de dar um passo, antes de fazer alguma coisa. Mas parecia que a ovelhinha me tirava do prumo, tirava o domínio de mim e isso não era nada bom.

Percebi que ela não gostou de saber que eu pagara seis meses de aluguéis adiantados. A garota pensava que com o salário que ganhava como garçonete podia arcar com todas as despesas da casa, sozinha? Se ao menos o pai dela tivesse uma profissão de verdade... Mas o homem achava que com o dinheiro que os poucos fiéis ofertavam daria conta de sustentar uma família de quatro pessoas!

Naquela noite cheguei em casa, troquei meu terno pela roupa de treino e fui até a esteira. Liguei o som na música Black de Pearl Jam e comecei os exercícios. Fiz corrida cronometrada em vinte minutos, levantei pesos, fiz abdominais. Transpirei tanto que o cabelo ficou molhado e começou a pingar no chão. Passei a mão no rosto, suado e fui até a cozinha. Servi-me de um pouco de água e bebi todo o líquido numa golada. Eu precisava respirar, precisava de ar puro.

Abri a janela panorâmica e caminhei até a varanda. Debrucei-me nas barras de ferro e mirei a noite ali do alto. Fechei os olhos sentindo a brisa suave em meu rosto. De imediato os olhos verdes de Ana Flor vieram a mente. Lembrei a maneira como ela me olhava, numa mistura de assombro e interesse. Um interesse que ela se esforçava para esconder, mas que toda vez que nós nos cruzávamos, estava lá, explícito em seus olhos, em seus gestos. Eu podia estar enganado, mas sentia que eu despertava algo nela e não era raiva. Porra! Eu também a achava linda além da conta, desejável, com um ar angelical que mexia com meus desejos mais secretos. Mas envolver-me com ela estava fora de cogitação. A garota era quase uma beata. Ana Flor jamais faria parte de meu mundo.

Tomei um banho e caí na cama. Em poucos instantes eu adormeci e com o sono, veio o mesmo pesadelo.

— Vem ver meu barquinho novo. Olha que lindo que ele é!

Com um grito estrangulado na garganta, eu acordei. O coração parecia que ia saltar de dentro do peito e a respiração me faltava. Tentei buscar o fôlego, sentando-me na beirada da cama, o corpo suado e estremecido.

— Mas que porra! — esbravejei enfiando a cabeça nas mãos.

Como eu queria ter o controle dessa merda toda que era a minha vida. Como eu queria esquecer de vez todos os meus tormentos, medos e fantasmas. Eu queria tanto que as coisas fossem diferentes, mas infelizmente eu nada podia ser feito. Eu tinha que aceitar e conviver com os meus pecados.

Flor do Éden - desejo e pecado - Parte 1Where stories live. Discover now