A história de amor de Jimin e Jungkook começou com a calmaria de uma amizade antiga.
Mesmo sem admitir, os melhores amigos caminhavam juntos, a passos curtos, em direção um ao outro.
Jimin tinha muitos segredos e medos, Jungkook tinha apenas o med...
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Nunca vou me esquecer do dia em que o conheci.
Eu tinha doze anos, dois anos a mais que o garoto sorridente com uma fantasia ridícula de coelho, a qual — segundo as lamentações de sua mãe — ee se recusava a tirar.
— Meu nome é Jeon Jungkook! Você quer brincar? — ele perguntou, animado, abrindo um sorriso grande que alcançava seus olhos, deixando-os estreitos e ressaltando suas bochechas.
— Não. — respondi, seco, e quis rir com a expressão confusa que se formou no rosto do garoto, como se uma resposta negativa não fosse uma opção para seu convite.
— Brinque com ele, Jimin. — minha mãe insistiu com um sorriso educado e um olhar como se me pedisse para lembrar das instruções que deu antes de recebermos a família Jeon como convidados.
Seja gentil. Foi, em resumo, o que havia me pedido. Ela explicou de uma forma bem superficial que meu pai e o Sr. Jeon seriam sócios no trabalho, era importante que todos se dessem bem. Então mesmo a contragosto e com uma expressão tediosa, aceitei o convite.
Não gostava dele, sua animação as vezes parecia forçada, e principalmente, não gostava de seu pai. Nossos pais eram amigos, pareciam empolgados enquanto conversavam sobre a nova parceria em um negócio que eu nunca havia me interessado em entender do que se tratava, mas tinha algo no olhar de Jeon Daejung que fazia meu cerne ter a certeza que nunca confiaria nele, e que papai também não deveria confiar.
Hoje, oito anos depois, é engraçado pensar que se não fosse pela insistência da minha mãe para que eu brincasse com aquele menino idiota, talvez eu e Jungkook não seríamos tão amigos.
Daquele dia em diante não desgrudamos mais, todos os momentos mais importantes da minha vida, até agora, Kookie esteve presente, e mesmo com nossas rotinas um tanto corridas e divergentes entre faculdade, escola e outras coisas, ainda continuamos inseparáveis, como se uma força do universo fizesse questão de nos manter ligados um ao outro.
— Porque Sunhee está me mandando mensagem perguntando onde você está? — perguntei, abrindo um sorriso debochado enquanto virava a tela do celular mostrando a mensagem recebida.
Jungkook não respondeu, apenas fez um barulho estranho com a boca que demonstrava a sua irritação.
— Está fugindo da sua namorada, Jungkook? — não pude evitar rir com a expressão de espanto que surgiu em seu rosto, seguida por um xingamento como se estivesse farto de “surpresas” como aquela.
— Hyung, não responda! — pediu num tom quase manhoso — Não quero que ela venha até aqui. E ela não é minha namorada... — completou, emburrado.
— Não? — questionei, bastante surpreso. — Você gosta dela desde que tinha 15 anos e agora ela também gosta de você, gosta até demais... Por que está fugindo?
