50 - My Fault

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A/N: ok esse capítulo é um pouco pesado em questões psicológicas, recomendo cautela para pessoas que sejam sensíveis a esse tipo de conteúdo.

Boa leitura.






Julia Ann Quinn, nascida em 14 de novembro de 1954 em Glasgow, filha de Donavan e Crystin Quinn e amada neta de Fergus Quinn.

Fugiu de Glasgow no dia 4 de abril de 1977, os pais queriam que ela casasse com um homem repugnante - tudo por dinheiro. Com a interseção de sua madrinha, Peggy, Julia chegou a Londres no dia 5 de abril, foi contratada por John Reid para ser assistente do Queen em 6 de abril.

A vida já havia mudado bastante no período de quarenta e oito horas que antecederam a contratação dela, mas nada se comparou com a forma que Freddie Mercury entrou na vida dela.

Foi tudo muito intenso, o período em que os dois queriam a cabeça do outro em uma bandeja de prata se confundia com a velocidade avassaladora em que toda aquela implicância se transformou em amor.

Vinte e dois anos, noiva de Freddie Mercury, grávida.

Essa era eu.

Obviamente eu cortei algumas partes da minha vida, a minha infância, a adolescência, as escapadas durante a madrugada para me divertir na noite de Glasgow. E não consegui falar muito sobre a melhor parte de minha vida.

Tudo parecia um enevoado em minha mente, era como se o rosto de Freddie ficasse cada vez mais distante, as lembranças, tudo escapando como areia entre meus dedos enquanto eu tentava desesperadamente agarrar.

A última coisa que me lembro é de tentar voltar para o New London Theatre. Ou tudo isso era uma alucinação?

Meus olhos estavam pesados mas aos poucos eu consegui abri-los e me deparei com o teto meticulosamente branco, uma luz pálida, o cheiro de éter. Me sobressaltei ao perceber que eu estava deitada em uma cama e encontrei Freddie despertando na cadeira ao lado da cama em que eu estava.

Haviam monitores, e um acesso venoso na minha mão recebia o que me parecia remédio. Meus olhos estavam arregalados quando Freddie finalmente percebeu que eu estava acordada.

"Kitten." A voz dele estava embargada, os olhos marejados, ele parecia não dormir há dias.

O bip do monitor cardíaco estava me irritando, as gotas do soro pingando lentamente também. Eu estava me sentindo sufocada. Eu precisava sair dali.

"Mo ghràid-"

"Me perdoe! Eu devia ter insistido em saber o que estava acontecendo." Ele me mostrou a carta de Cameron amassada nas mãos dele.

"Como você soube o que está escrito aí? Está escrito em gaélico." Perguntei enquanto ele guardava o papel amassado no bolso.

"Seu avô está aqui. Sua madrinha também, eles impediram seus pais de te verem." Ele parecia distante.

Meu coração acelerou.

Como aquilo foi parar nas mãos dele estava comigo no carro-

Meus pais? Eu não os via a tanto tempo! E a culpa disso tudo era deles.

"Fred, o que aconteceu?" Minhas mãos foram automaticamente para minha barriga.

Ele balançou a cabeça e pareceu engolir o choro, ele não conseguia olhar para mim, uma das mãos dele estava apoiada na cama. Pareceu uma eternidade, ele estava extremamente estranho. A angústia crescia cada vez mais dentro de mim.

Somebody To LoveWhere stories live. Discover now