Sozinha

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   O céu pela manhã toma as cores mais solitárias para si mesmo, assumido o cinza como sua chegada. O que me faz me perguntar, se não estou tomando o cinza como minha própria natureza. Porque essa sensação solitária me aperta forte no peito, despertando pensamentos, que se tornam meu maior pesadelo acordada, e dormir de repente virou apenas minha escapatória para ignora-los, porém, os meus sonhos adormecida, não são mais os mesmos.
   Sonhar em um momento bom da vida, é como assumir novas aventuras em seu subconsciente, mas sonhar nos dias escurecidos é como mergulhar em um mar profundo da própria mente corrompida e não desejar a superfície por algum tempo. Qualquer coisa é melhor do que estar acordada, vivendo e notando que a realidade não é como desejava, não é aconchegante e feliz como nos sonhos. É solitária e estou sozinha.
   Estive sonhando por tantas semanas, iludida demais para enchergar que minha solidão nunca havia me deixado, apenas me esqueci que ela estava ali. Os dias parecem mais pesados e apenas essas páginas em branco parecem se importar, só elas parecem notar que preciso deixar meus mares sairem pelos olhos, para esvaziar o peso da água salgada no meu coração. E isto é deprimente, porque tudo me rodeia mas nada me toca, nada me olha nos olhos para enchegar minha alma, nada esta aqui quando o dia nasce pra dizer que o dia será melhor, nada fica e tudo parte, assim eu vaga pelas estradas da vida me queixando se sou algo ruim.

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