Viagem desastrosa.

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Era final de semana e Donghyuck estava largado no sofá da casa de Mark, assistindo qualquer programa de televisão que lhe parecesse ao menos interessante. Isso tudo enquanto Mark preparava o almoço.

— Mark! – Chamou, manhoso. — Vai demorar? Estou com fome.

— Não, Hyuck. – Rebateu, sorrindo. — A macarronada está quase pronta.

Aquele era o primeiro final de semana que passavam juntos sozinhos desde que Donghyuck se mudara e Mark parecia tão animado com a ideia quanto Donghyuck.

— Ah, amanhã iremos para casa de seus tios, não é? – Sorriu, trocando de canal.

— Sim, isso mesmo. – Concordou, retirando o macarrão da panela e o colocando em um pequeno refratário. — Hyuck?

— Sim? – Voltou seus olhos para Mark que agora arrumava a mesa com capricho.

— A comida está pronta, vê se larga a teve por um segundo! – Implorou, servindo dois pratos da sua tradicional macarronada.

— Ok, larguei. – Apagou a teve e largou o controle no sofá duro, indo até a pequena mesa no canto da cozinha. — Uau Mark, eu sabia que você cozinhava mas não sabia que era tão bem assim.

— Meus pais sempre quiseram que eu fosse independente. – Rebateu. – Acho que isso é um dos efeitos da minha criação.

— Pois que bela criação você teve. Onde foi que você aprendeu a marcar ômegas indefesos?

— Ainda isso? – Revirou os olhos, bufando.

— Só curioso.

— E o nosso acordo?

— Que acordo?

— Que você ia parar de me tratar feito lixo. – Bateu com um dos talheres no prato, sentindo-se irritado com a situação.

— Se você ousar me beijar de novo, eu pego você no tabefe. – Deu uma garfada no macarrão, apreciando com gosto a comida que Mark havia feito. Para sua surpresa ou não, estava uma delícia.

Mark parou de comer, quieto, os olhos baixos na mesa. Em um segundo ele não estava mais ali, em um segundo ele estava parado ao lado de Donghyuck, na cadeira bonitinha com decoração de vó ao seu lado.

— Duvido. – Puxou o prato em sua direção, voltando a comer.

— Pois não duvide, eu arranco suas bolas. – Apertou as mãos em punho, raivoso.

— Você não seria capaz de bater em mim. – Continuou, raspando o prato sem nenhuma delicadeza. — Não seria.

Donghyuck suspirou fundo e então olhou para Mark, para seu rosto bonitinho e intacto. Será mesmo que ele teria coragem de lascar um tapa em Mark? Mesmo ele sendo abusado do jeito que era, teria coragem? Ele não sabia, as coisas com Mark não iam nem para frente e nem para trás. Era complicado.

Mark e Donghyuck terminaram o restante da refeição em silêncio, perdidos em seus próprios pensamentos.

...

— Liga logo esse carro. – Pediu, emburrado.

— Dá pra calar essa boca? – Rebateu Mark, ligando o carro. — Temos quatro horas de viagem lado a lado para suportar nessa picape, então vê se torna isso mais agradável. 

— Agradável pra você? O que quer que eu faça? – Ligou o rádio, abrindo as janelas da picape vermelha de Mark. Uma música calma e lenta tocava no rádio, de melodia sensual e pecaminosa. Donghyuck resolveu apenas ignorar enquanto Mark pegava a entrada para a rodovia estadual.

Please don't bite. [markhyuck • abo]Where stories live. Discover now