Humilhação.

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 — Ele não vem, eu disse. Não sei porque você ainda se surpreende com isso. — jisung dizia com um olhar de tédio vendo yunah olhar pela décima vez o olho mágico só para ver se mark havia chegado ou não. Aquilo já estava sendo no mínimo irritante.

Na verdade, ver a irmã andando de uma lado para outro inventando mil paranóias estava sendo irritante.

Era tarde e minutos já haviam se passado desde o horário marcado, yunah sabia que o canadense era atrapalhado mas viria cedo ou tarde. Aquele jantar era importante, só queria que o contrato fosse quebrado de vez para que pudesse viver em paz com jungwoo. Este que era a única coisa que fazia seu coração se acalmar no momento, porque estava nos nervos.

— Eu sei que ele vem. Para de jogar praga — Retrucou um tanto nervosa finalmente parando no lugar.

— Eu não to jogando praga, só fui sincero — Ergueu uma das sobrancelhas, debochado. 

Quando finalmente a campainha tocou, Yunah abriu a porta bruscamente e se agitou mais ainda ao ver que Mark estava suado e parado na porta feito uma estátua. 

— Seu, seu– Ela parou o que estava fazendo e então se debruçou sobre Mark, o abraçando apertado. — Finalmente você chegou, você está atrasado! – Ela estava tão aliviada que poderia chorar. 

— Eu não perderia este jantar por nada, sei como é especial pra você e também é especial para mim! – Ofegou, retribuindo o abraço. — Tive problemas no trânsito e–

— Não importa, só entre, por favor, meus pais já estão na mesa – Pediu, desesperada enquanto arrumava o terno de Mark com as mãos e ajeitava seu vestido formal contra o corpo. — Jisung, ao menos seja educado. — sinalizou para o irmão que apenas fechou mais a cara.  

— Eu sei que ele não gosta de mim, Yunah. Não precisa disso — Mark disse ao ver o desconforto do mais novo que apenas riu de escárnio.

— Que bom que sabe disso. — respondeu. — Eu vou na frente.

Entrar naquele cômodo era como ser devorado por um amontoado luxuoso de decorações e fotografias importantes espalhadas pela parede. Mark se sentia sufocado antes mesmo de conversar com os pais de Yunah. 

Quando Jisung sumiu no cômodo adiante ele pôde ouvir risadas baixinhas e educadas vindo do outro lado e ele de imediato soube que ali estavam os pais de Yunah. Assim que Mark entrou, Jisung sinalizou para a mãe com a cabeça e ela tirou o sorriso que estava estampado na cara a minutos atrás. O pai de Yunah pigarreou e então soltou um sorriso trêmulo e meio falso, se levantando do lugar onde estava e indo em direção a Mark. 

— Grande Mark, seja bem vindo. – O olhou de cima a baixo e novamente a sensação de sufocamento veio lhe importunar. — Quase nos fez perder um cordeiro assado por conta de seu atraso. 

Mark coçou a nuca, e então apertou sua mão firmemente enquanto Yunah massageava as têmporas. 

— Olá, Senhor, perdoe o meu atraso, o trânsito estava uma loucura. – Tentou se explicar mas não importava o quanto ele falasse ainda parecia patético e minúsculo diante do pai de Yunah. 

— Sim, querido, tenho certeza de que estava. – A mãe de Yunah interveio, se levantando e o abraçando. — Fico feliz que tenha vindo. 

Ele suspirou fundo e sorriu, um sorriso fraco e nervoso porém ainda um sorriso. 

— Bem… vamos nos sentar? – Ela convida, apontando para o sofá luxuoso. — Apesar do que o meu marido disse, o cordeiro nem está perto de ficar pronto, querido. Vamos, venha. 

Please don't bite. [markhyuck • abo]Onde histórias criam vida. Descubra agora