Please don't bite. [markhyuck • abo]

Me diga com quem tu dormes que eu te digo traidor.

Donghyuck podia jurar que tinha criado raízes no chão naquele momento. Jurava também que Mark ao seu lado teria um treco a qualquer momento e seria viúvo em breve.

Yunah continuava de braços cruzados, com as sobrancelhas erguidas.

— Desculpa me intrometer, mas vocês três estavam muito estranhos e agora tocaram no meu nome…

— Não é nada, Yunah. – Mark atropelou as palavras com força total ao falar e Donghyuck bem que queria rir mas aquele não era o momento para isso.

— O que eu não posso saber? – Indagou novamente. — Hyuck! Isso são marcas de dentes no seu pescoço?

Donghyuck sentia a alma escapar do corpo devagarinho, e em breve seria só vazio ali.

— São. – Ditou por fim, Mark.

— Deus, você foi marcado. – Se aproximou do amigo, o abraçando forte. O Lee mais novo custou a retribuir o gesto. — Quem foi esse alfa desgraçado?

"Mark", pensou. Este o olhou rapidamente como se tivesse lido seus pensamentos.

— Yunah… – Jaemin suspirou. Ele não tinha o direito de se meter naquela confusão, mas Yunah merecia a verdade. Donghyuck estava ligado a Mark, o garoto por quem ela era apaixonada e prometida. A situação só ficava pior quanto mais ele pensava nela. — Eu acho que vocês três tem muito a conversar.

— Jaemin… – Chamou Donghyuck.

— Desculpa, mas é o certo a se fazer. Eu não vou me intrometer mais do que isso, Hyuck. Boa sorte.

E saiu dali de fininho. Donghyuck queria espancar Jaemin e também bater em Mark por ser tão medroso e tanso, mas ele não estava na melhor posição para fazer qualquer daquelas coisas. Respirou fundo e encarou a amiga.

— Eu menti. – Ditou. — Eu sei quem foi o alfa que me marcou, e acredite, eu quero matar esse alfa em específico.

Yunah se aproximou, confusa, a testa franzida.

— Quem é? Por que não quis me dizer?

— Eu não quis te dizer porque… – Pausou. — Porque isso vai destruir nossa amizade e mais outras coisas.

Mark estava quieto, mudo, calado. Não falava, só observava tudo e Donghyuck queria voar nele só por parecer uma estátua atrás de si enquanto ele enfrentava aquele perrengue involuntário sozinho.

— Hyuck, você tá me assustando. – Comentou, cautelosa. — Com quem foi que você dormiu?

— Yunah… – Mark tentou falar mas ela fez um gesto brusco com uma das mãos.

— Com quem? – Repetiu a pergunta, os olhos agora brilhantes e desconfiados.

— Mark. – Soltou, simplista. Esperou tapas, socos ou até um chute. Mas tudo que recebeu foi um silêncio gélido sobrenatural e uma encarada torta de Yunah.

— Ah, Hyuck, para de zoar. – Falou, revirando os olhos.

— Yunah, ele não está mentindo. – Mark interveio, engolindo em seco.

— Não, pera, quê? – Sorriu, erguendo as sobrancelhas. — Para, né!

— Yunah… – Donghyuck baixou a gola da camisa e expôs a clavícula. — Se isso serve de prova, veja.

Então ela congelou de medo, de vergonha e de raiva.

— O quê infernos significa isso? – Avançou, apontando para o pescoço de Donghyuck. — Vocês não podem estar falando sério… isso não é verdade…