Souvenir

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- Tudo pronto? Colocou tudo aqui embaixo?

- Acho que sim.

- Tem certeza que quer dois anos?

- Por que não? É uma oportunidade de aprender – lá ia começar o papo de novo – Já pode ir para casa...

- É só muito tempo, quando voltar vai demorar de se adaptar as suas origens – ele põe a última mala na frente da porta e eu começo a contá-las e ver as etiquetas conferindo o que tinha dentro.

- O mínimo é de seis meses, é muito tempo também. Tudo é tempo.

- Mas tu podes conhecer alguém e eu nem vou ter chance de brigar por território.

- Sou propriedade que tu vai pôr cerca? Porque eu sou uma pessoa – digo pondo as mãos na cintura e batendo o pé, odeio quando o lado machista dele sobressai.

- Modo de falar.

- Modo errado de falar.

- Desculpa – ele vem na minha direção com passos precisos – Não gosto de pensar em tu numa república mista. Muita intimidade com minha namorada e nem eu tive a oportunidade de morar com você.

- Tu podia vir comigo daí.

- Tu sabes que não posso – ele põe a mão ao redor da minha cintura e me puxa para mais perto – Mas tu pode levar um souvenir daqui para lá – ele começa a descer beijos molhados pelo meu rosto até o meu pescoço, eu não controlo mais a minha respiração, ele começa a sugar um pouco abaixo da orelha, mais embaixo sugou um pouco mais forte, arfo, então, ele afasta um pouco a blusa e chupa forte no colo. Percebo o que ele fez e o empurro, infelizmente, ele anda fazendo crossfit e não mexeu nadinha.

- EU NÃO SOU UMA VACA – passo a mão nos lugares onde acho que estão as marcas.

- Souvenir.

- Homem da cavernas.

- Lembrança – diz com o rosto bem próximo ao meu.

- Idiotice – sussurro – Totalmente bruto. Por que eu ainda estou contigo?

- Te faço gemer e tu me ensina a ser melhor – ele me empurra contra a parede e derruba duas malas no processo.

- Que péssimo trabalho que eu faço – ele me levanta e sobe o deslizar da mão na minha coxa até a calcinha, ele sorri enquanto beija os meus lábios com força e os sugando, sua língua invade minha boca e inicia uma dança feroz com a minha, por fim, ele morde meu lábio inferior e puxa – Fica paradinho – digo ainda com os lábios roçando no dele.

Eu empurro ele um pouco e olhando nos teus olhos tiro o vestido por cima lentamente, jogo no chão. Ele tenta se aproximar puxando minha cintura mas tiro sua mão e desço a calcinha o encarando e mordendo o lábio que ele havia mordido anteriormente. Então, passo as mãos pela barra de sua camisa e tiro devagar aproveitando para esfregar minhas mãos em sua barriga sentindo a rigidez e todos os seis gominhos.

- Tu precisa engordar. Sinto falta da maciez – falo assim que tiro sua camisa com os lábios juntos aos teus, sentindo sua respiração entrecortada batendo no meu rosto. Ele tenta me empurrar novamente contra a parede mas não permito.

Encosto meu tronco no seu. Provocando. Rebolando um pouco na sua virilha, sentindo tua ereção crescer. Testando sua resistência. Enquanto punha meus braços para trás abrindo o feicho do sutiã – que ele nunca sabe abrir. Ponho minhas mãos na calça e abro com facilidade empurrando para baixo, ele tira com brutalidade e joga no chão. O puxo de volta pela cueca e enfio a mão dentro. Sentindo o membro duro na minha mão pulsar, no mesmo instante que sua mão passa pelos meus pelos pubianos que já formavam a graminha do campo de futebol. Teus dedos vagarosamente passam por toda a minha buceta. Massageando. Penetrando um pouco. Provocando meu clitóris. Espalhando minha excitação até o cu. E eu estou em um vai e vem, acariciando com o polegar a sua glande, também espalhando seu pré-gozo por sua extensão.

Pelo pouco tempo que tenho antes do voo e ainda querer que minha boceta receba seu pau, tiro sua cueca. Ele me empurra contra a parede, me apoio em seus ombros e coloco minhas pernas ao redor do seu tronco, onde seu pênis vai entrando em mim e percebo que ele está provocando.

- Vou passar dois anos sem sentir dor de cabeça por conta de anticoncepcional – digo abraçando seu pescoço e me afundando nele para conter um gemido.

- Essa viagem é lucrativa só para você – ele estoca uma vez e se mantem dentro, parado.

- Homem tem que sofrer um pouco – eu subo e desço de vez, fazendo ele gemer rouco no meu ouvido.

Ele vai indo com força e acompanho os seus movimentos como posso. Gemendo baixo porque meu irmão ainda estava na casa, meu corpo suado se mistura ao suor do meu namorado e o sinto pulsar quente dentro de mim, mas eu também estou pulsando. Minhas pernas começam a fraquejar. Ele ergue meu rosto pelo queixo e devora a minha boca, assim como eu devoro a sua. O beijo que suprime todos os meus gritos ao chegar no clímax. Sinto sua porra sair um pouco por minhas pernas. Mas fico abraçada nele querendo que aqueles cinco minutos ofegantes durassem por toda a vida. Ele me aperta forte.

Saio do seu colo e na mochila pequena pego lenços umedecidos para limpar o líquido branco, enquanto ele veste a cueca, camisa e calça. Pego o sutiã e ponho sem dificuldade.

- Isso ainda é um mistério para mim – aponta para o sutiã e percebo que está me olhando com saudade explícita – Vou sentir sua falta.

- É do meu corpo ou da personalidade? – pergunto pegando a calcinha.

- O combo é sempre melhor – ele vem na minha direção e pega a calcinha da minha mão – Meu souvenir.

Balanço a cabeça negativamente e ponho o vestido.

- Lava isso durante esses dois anos. Pelo amor de Deus – ajeito as malas e ele ri. Eu realmente espero que ele lave – AMADO? – grito para o meu irmão que deve estar no quarto.

- Que bom que terminaram. Vim mais cedo mas era a despedida, então deixei as coisas rolarem – meu irmão desce a escada rodando as chaves do carro nos dedos e eu o encaro assustada. Meu irmão me viu transar? – Vamos que tu está quase atrasada.

- A quanto... tempo estava... vendo? – falo com certo receio, olho para meu namorado que sussurra ‘não piso aqui até você voltar’ e sai indo em direção a cozinha, suponho que saiu pela porta de trás.

- Desde o primeiro souvenir até o último. Realmente espero que ele lave – diz todo despreocupado e começo a jogar as malas nele e gritando algo sobre respeito, lembro que ele ficou com alguns roxos, ele fez questão de me mandar as fotos.

Mas isso já faz dois anos...

1869Onde histórias criam vida. Descubra agora