capítulo 18

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     chegando no quarto corri pra cama, não queria chorar, mas como se eu era o motivo de problemas, brigas, possíveis mortes ou até coisas piores. Não deti as lágrimas que insistiam em cair, já estava cheia disso tudo. Ouvi batidas na porta e não respondi. Logo vieram passos, olhei pra cima e vi Adriana.

    - o que você quer? Veio comemorar o fato do meu relacionamento estar repleto de brigas?

    Ela senta ao meu lado.

    - ele te mandou?

    - não. E sinto muito comecei a pensar pelo seu ângulo e me desculpa, mas sua vida é uma merda!

    - Eu sei disso.

    - Nesse momento você não precisa de uma inimiga e sim de uma amiga, então desabafa o que te faz pensar que o culpado não é seu pai, mas sim o presidente da G.C. - indagou ela.

   - por que quer saber? O presidente também é seu herói, não quero desaponta-lá.

   - Ele não é meu herói e nunca será, detesto aquele cara com todas as minhas forças - diz fazendo cara de nojo.

    - Mas por que?

    - qual o melhor motivo do que o fato dele ou seus homens terem matado meu irmão?

   - ah, entendo - seco as lágrimas com as costas das mãos - Bom é que eu acho que essa história que o presidente da G.C. conta não se encaixa bem.

    - como assim?

    - você acredita que dentro de uma substância possa conter um vírus e uma cura? Quer dizer é impossível! O mais provável é que tenham sido criados um vírus e uma cura em frascos separados e essa coisa que o vírus ficou no meu pai e num passe de mágica a cura veio parar  no meu sangue, claro que se essa história toda não me afetasse e nem a bondade do meu pai eu acreditaria sim assim como todos, mas eles só aceitam essa teoria porque simplesmente estão assustados e só pensam apenas na possibilidade de ter a cura e não no quão é absurdo essa idéia.

   Vejo uma ruga de preocupação aparecer em sua testa - tem razão, mas como isso prova que seu pai é inocente?

    - Antônio Vergas é o nome do presidente da G.C. ele era um conhecido do papai, não amigos pelo contrário, uma vez meu pai me levou pra conhecer o laboratório onde trabalhava e Antônio também trabalhava no mesmo local. Visitando percebi que ele me olhava como se me avaliasse. Perguntei quem era aquele homem e a resposta não foi uma das boas, com certeza esse cara odiava meu pai e acho que foi ele quem injetou o vírus no papai e depois a cura em mim, não lembro bem, mas nesse dia eu desmaiei e não sei bem o que aconteceu.

    Adriana fica boquiaberta.

    - É eu sei, não espero que você acredite em mim, mas precisava contar isso pra alguém.

    - Isso que você disse tem mais lógica do que a baboseira daquele idiota. Por que não conta seu lado da história pra o Seis?

    - Ele está muito ocupado babando seu "herói" pra me ouvir... Além do mais iria dizer que estou inventando coisas pra limpar a honra do meu pai.

   -  Você sabe que seu namorado é um idiota não sabe?

    - sim eu sei.

    Rimos juntas. Novamente ouvi a porta abrir revelando o rosto do rapaz que me pedira pra namorar na inocência. "Será que Seis não viria se desculpa ou coisa assim? Mas ele não estava errado ou achava que não"

    - É... posso entrar?

    - E já não entrou? - Adriana diz ríspida.

     - Como você está? - pergunta pra mim.

A Cura Zumbi [Em Revisão]Where stories live. Discover now