Capítulo 10

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     Os dias eram maus; já haviam se passado duas semanas, eu havia perdido minha família, mas ganhei um cachorro que antes nunca tive porque a mamãe não permitia, um namorado que vivia me pedindo explicações do por que, que eu não queria dormir com ele, não era fácil pra mim falar que ainda não era mulher, tinha medo dele rir de mim ou até me deixar. E também ganhei uma nova família, os pais da Adriana me amavam.

     O que mais me impressionou foi descobrir que, às pessoas que são curadas com meu sangue voltam a vida como se estivessem nascido naquele momento, sem saber o nome, idade nem mesmo o que é uma bola. Era como se fossem um bebê recém nascido, então temos que ensina-los tudo, o bom é que não é tão complicado como ensinar um bebê a andar ou falar, é só explicar direitinho e eles aprendem rápido, um exemplo disso são os pais da Adriana.

     Os homens da G.C. ainda não haviam tentado negociar ou então Seis não queria me contar nada, Adriana já sabia de toda a história de que eles me procuram e tal,  prometendo ao Seis que não me entregaria.

    Eu estava no quarto lendo um livro achado no velho sótão da casa, era "A seleção" da Kiera cass. Não era como se eu gostasse de contos de fada, aquele livro era muito perfeitinho, tinha o príncipe, a moça pobre aí depois eles se casam e vivem felizes para sempre bla, bla, bla. Na verdade eu tinha inveja da América (protagonista do livro). Ela sim teria seu felizes para sempre já eu sabia que meu final, por mais que eu evitasse seria com a maquina sugadora de sangue.

    - o que está lendo?  - ouvi o Seis. Ele estava encostado na porta me fitando com um de seus  sorrisos perfeitos.

   - é apenas um livro.

    Senta na ponta da cama e sorri - sim eu sei que é um livro, mas queria saber o nome.

    Mostrei a capa - A seleção da Kiera Cass.... e como estão estão indo os pais e o irmão da Adriana?

    - bom acabei de vir da sala e ela está muito feliz, eles estão aprendendo muita coisa.

     - então vou lá com eles - falei levantando. Fui puxada pela cintura de volta pra cama, Seis fica em cima de mim.

    Me beija - não! Vai ficar comigo. Por que foge assim?

    - os homens da G.C. tentaram entrar em contato com você? - perguntei tentando me deviar da sua pergunta.

    - não, ainda não, mas sei que a Cecília já está segura na G.C. nesses dias voltei no supermercado e falei novamente com o Marcos.

    - ele está bem? Mas por que também não o levaram? Ele falou alguma coisa? Quando você foi até lá?

   - pra que esse monte de pergunta? - não esconde a irritação em sua voz - mas vou responder. Ele está bem sim. E não o levaram pra G.C. porque a minha filha foi a única pessoa que foi levada dentre todas que estavam no supermercado, nem acho que eles ainda estejam procurando pessoas, agora que tem certeza da sua existência a única pessoa procurada é você.

    - ele não falou mais nada?

    Me beija - ele não parava de me pedir pra traze-lô pra ficar perto de você, disse que precisa de você, você precisa dele, um monte de baboseira - leva a boca até meu pescoço me causando arrepios consigo sentir seu hálito quente, sussurra. - me segurei pra não dizer que você já é minha.

    - preciso mesmo que você não fale nada a ele sobre nós, eu mesma vou contar quando tiver a chance de vê-lo - suspiro quando sinto seu nariz percorrer meu pescoço com delicadeza - também estou com saudade dele porque ele é meu melhor amigo - completo - e pode parar de dizer que sou sua, porque não sou nenhum objeto.

A Cura Zumbi [Em Revisão]Where stories live. Discover now