capítulo 16

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- Então, quando vai ser a invasão? - perguntei. Estávamos no salão, depois do meu quase apagão por falta de sangue. Ele em pé e eu sentada no sofá.

- Daqui há duas semanas, só precisamos treinar mais um pouco, mas não se preocupe com isso - diz dessa vez com um tom Grave, mas confortante - e não fale mais aquelas coisas para aqueles homens, com certeza se encheram de pernas, já basta ver as olhadas que dão pra você.

- está com ciumes? - provoco.

- e como não ter, se tenho uma namorada linda? E eles são uns tarados! - senta me puxando pra seus braços - e daqui a umas horas vou ter que sair com o Oito e mais alguns homens, pra procurar comida porque o estoque está quase vazio. E quero ter certeza que você vai se comportar.

- não se preocupe, só não demora muito por favor.

Leva a mão até meu queixo, conduzindo meu olhar para o dele - vou fazer de tudo pra chegar o mais rápido possível - me beija. Com certeza nunca vou me acostumar a isso, quando estava nos braços dele eu achava que nada aconteceria, mas sabia que isso era engano porque lá fora nesse mesmo instante tinha pessoas loucas pra me achar já que tinham certeza da minha existência, não só os homens da G.C. mas também pessoas poderosos, e não era deles que eu tinha medo, mas sim dela, a máquina sugadora.

- você disse que o presidente da G.C. era um dos cientistas que trabalhavam com meu pai não foi?

- sim. Por que?

- será que o conheço? Qual é o nome dele? - perguntei mesmo sabendo que a resposta era não já que ele trabalhava com tantas pessoas, perguntei mais por curiosidade.

- Antônio Vergas. - as palavras saíram como um sussurro me causando calafrios.

- que?! - pergunto incrédula. Antônio Vergas, é o homem que me espiava as escondidas no dia em que fui visitar o trabalho do papai. Lembro que mais tarde naquele mesmo dia perguntei ao papai quem era ele, a resposta foi crua, quando disse que eles não se batiam muito bem. Agora algumas coisas martelava na minha cabeça, tantas dúvidas. Ali tinha uma história não revelado. Porque meu pai era o vilão e o inimigo dele o herói?

- você conheceu ele?

- só de longe. Uma vez meu pai me levou pra conhecer o trabalho dele e lá vi o Antônio, sei que é estranho, mas ele estava me observando como se.... me avaliasse pra alguma coisa.

- e o que você quer dizer?

Engoli em seco - melhor não falar.

- por que?

- por que minha teoria torna o seu herói um vilão....


* * *

Seis já havia saído em busca de alimentos, mesmo sem ouvir minha teoria, quase que discutimos por causa disso, mas não falei nada a ele, agora eu tinha um foco: tentar encaixar as peças de um quebra cabeça que está pela metade, que com certeza podem provar a inocência do meu pai.

Após um banho demorado, fui pra o quarto e vesti uma jeans preta e uma camiseta branca. Optei por ficar no quarto já que era impossível andar sem esbarrar em um "tarado" como Diz Seis.

Deitada na cama, fitando o teto lembrei do dia em que o Jonas nasceu, sinto tanta falta dele, não sabia o que era ser mãe, mas se mãe fosse o que eu era pra ele, com certeza estava fazendo bastante falta. Uma mãe louca! Como dizia a mamãe.

- isso dói! - digo. Saudades na minha opinião era um dos piores sentimentos alojados no peito, porque se você sente raiva, desprezo ou qualquer outro, ele pode sair quando você permitir ou então controla-lo, mas a saudade não. Ela sempre estará ali queira ou não. Acho que o sentimento sem descrição com certeza era esse, que pode acabar com uma pessoa simplesmente com uma lembrança que você sabe ou não tem certeza se voltará a ter. Do meu ponto de vista é uma lâmina que corta o coração por dentro fazendo com que fique em pedaços e sangre até que te leve a pergunta "eu aproveitei bem o tempo com a pessoa querida? "

- Oi? - ouvi uma voz masculina desconhecida.

Tirei meus olhos do teto a fitei a porta, lá estava um homem alto, cabelos pretos, olhos... verdes, ele era forte e usava uma camiseta azul desbotada que estava justa até demais e um jeans. Sorri e se aproxima. "Um tarado" lembrei do Seis.

Aí meu Deus o que era aquilo? Eu havia mesmo pegado o mal da Adriana? Sentia atração por ele, parecia perigoso, aí Deus e que sentimos é esse? Culpa? Ele é lindo, atraente e... o que era aquilo? Eu gosto do Seis. E não sou assim. E o que ele fazia aqui?

Rapidamente sentei de pernas cruzadas na cama - o que faz aqui?

- vim ver você - sua voz sai melancólica, era ipnotizante.

- me~me ver? Mas por que?

- porque admiro você... e você...quero.... - disse, mas percebendo minha reação de espanto muda de assunto. - é que sempre quis falar com você, mas tem um homem que não quer que me aproxime, o nosso chefe o Seis, ele fala de você como se fosse um tesouro que ninguém pode nem olhar, nem tocar.

- isso é ciumes!

- ciumes? - parece confuso.

- você não sabe o que é ciumes?

Balançou a cabeça.

- então também não sabe o que é namorado? Ele é meu namorado por isso age assim... com ciumes.

- quero saber o que é namorado - pede sentando do meu lado na cama.

Quando Seis começou os primeiros treinamentos que era com a mente, ensina-los a falar, ele com certeza só ensinou as palavras necessárias para uma briga.

- tá bom então, olha pra mim e presta atenção - pedi. Ele me olha fixo e um sorriso surge em seus lábios, seus olhos verdes eram ipnotizante, logo seu olhar desce até minha boca - okay, péssima idéia!

- eu gostei.

- então, namorado é - comecei de cabeça baixa - estar junto e trocar sentimentos, sentir ciumes, se beijar que o que mais descreve. Então, é ficar junto um ajudar o outro.

Coloca a mão no meu queixo e ergue meu rosto até seu olhar - também quero ser seu namorado.

Tentei engolir o nó que se fez em minha garganta.

- cada pessoa tem apenas um namorado, dois é falta de respeito - tento explicar. O que me atraia nele? O olhar? a boca? Os músculos? Ou...balancei a cabeça afastando os pensamentos.

- por que? - pergunta novamente confuso.

- é melhor você ir, não acho bom Seis chegar e encontrar você aqui - digo mesmo sabendo que ele não vai chegar agora.

- não tenho medo dele!

- eu sei, mas isso vai fazer ele ficar com raiva de mim e aí vamos discutir - digo cabisbaixa.

- então eu vou, não quero que briguei com você - apertou minha mão. Outro calafrio me percorre como uma corrente elétrica.

- obrigada.

Anda até a porta e vira pra mim - ele não gosta de você!

- por que diz isso?

- porque quem gosta não machuca e ele é capaz de brigar com você por eu estar aqui, mesmo sabendo que brigar não faz bem pra ninguém.

- em relacionamentos a tendência é se machucar.

Deu um meio sorriso - então te desejo sorte, porque se machucar não é nada bom - saiu.

- vou precisar - deitei novamente fechando os olhos...

#CONTINUA...

Votem e comentem o que acharam, parece que apareceu uma pessoa nova, pra confundir o coração da nossa Sandra. Será que foi o pai dela que espalhou mesmo o vírus? vamos descobrir nos próximos capítulos, Tchau e obgd a todos♥♥

A Cura Zumbi [Em Revisão]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora