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5 meses depois.
Anna.

Ainda bem 2020 chegou, um ano cheio de pessoinhas novas na nossa família e eu espero e desejo muita felicidade.

O bebê da Mia pode chegar a qualquer momento e o Pedro acertou, é uma menininha, vai se chamar Melissa.

O meu menino daqui a pouco sai do forminho também, vai se chamar Noah. O Filipe queria que fosse Luan, mas não gostei tanto e acabamos escolhendo Noah mesmo.

Agora as meninas inseparáveis era eu, Mia e a Yasmin que entrou pro nosso grupo. Falando na Yá, o DG pediu ela em casamento e ela veio morar de vez aqui, estão se mudando até pra uma casa maior, já estão com planejamento de fazer um baby.

O Théo acabou de fazer 1 ano e passamos o aniversário dele em Búzios, com os amigos e família.

O morro está mais morte que defunto, nunca mais teve baile, nem roda de pagode, NADA. Mas também não teve confronto, invasão e nem nada do tipo.

Mas esse final de semana teria baile pra iniciar o ano bem.

Nesse momento são 2:37 da manhã e eu estou pintando o cabelo do Filipe, que cismou que quer ficar parecido com o coringa, vê se eu posso com isso.

Depois que vimos o filme, ele ficou cheio de coisa, querendo pagar uma de coringa pro meu lado. Ele é vilão, mas não é pra tanto.

- Vai ficar uns 40 minutinhos pra tinta pegar bem. - Digo tirando a luva enquanto me sento no colo dele.

- Tô cansadão, pra quê fui inventar de fazer isso agora, burro demais. - Acabei rindo e beijando o pescoço do mais velho.

- Mas ficar com aquele cabelo de cacatua, você não ia. Nem que eu tivesse que acordar 4 da manhã pra pintar teu cabelo, mas você não ia sair com aquele cabelo branco, que estava horrível.

- Nossa Anna, joga na cara mesmo, nem liga pros meus sentimentos. - Fez um draminha me fazendo rir.

- Oh meu deus, que maldade com o amorzinho da minha vida. - Dou uma sequência de selinhos nele. - Te amo, tá bom?

Fiz uma voz fofa.

- Também te amo, mas não faz essa voz não, feião. - Dou um tapa em seu ombro. - Para de me agredir.

- Parei, mas parece que você pede. - Meu celular apitou e peguei o mesmo vendo a notificação. - Sabe quem voltou pro morro?

- Quem?

- Bruninha, sua mulher amada. - Debocho mas ele fecha a cara. - O que foi?

- Mandei essa mina se orientar, seguir o caminho dela, mas essa puta sempre quer vir pra perturbar.

- Não precisa se exaltar, só se manter longe. Nem pensa nela, a única coisa ruim vai ser as fofocas, por que aqui no morro agora tem até página no Facebook de fofoca.

- Caralho ninguém pode ter uma vida tranquila, não mano. Sempre vai ter alguém pra fofocar, teve ter só baixaria nessas porra.

- A maioria são fofoca de mulher, que brigou, que foi traída, que voltou, que bateu. Uma loucura, esses dias vi um post dizendo que o DG tinha batido na Yá. - Ri junto dele. - Mas fácil ela bater nele.

- Isso é verdade. Caralho, tu falou da página mas fica olhando, né safada? - Falou de uma forma engraçado me fazendo dando um tapa nele em seguida.

- Idiota você, vejo mesmo, sou dona dessa porra. Ou não sou?

- Tu é toda de tudo, meu amor. Tu é dona do próprio dono, aqui tu pode tudo. - Iniciamos um beijo.

Posso confessar que estamos na nossa melhor fase como casal. Sem mentiras, com 100% de confiança, amor maior que nunca.

Ficamos ali de chamego, conversando, se beijando na espera do tempo da tinta na cabeça do Filipe.

Quando deu os 40 minutos subimos pro quarto, o Filipe tomou um banho e na hora que ele saiu eu estava tirando a maquiagem então tirei uma foto nossa, posto logo em seguida.

Terminei de tirar toda a maquiagem, tomei uma ducha também e fui pro quarto, vesti um pijama, fui no berço ver como o Théo estava e dormia feito pedra. Coloco o celular pra carregar e me deito ao lado do Ret que logo me puxou me fazendo deitar a cabeça em seu peito.

- Quero que o Noah chegue logo e que ele pareça com você.

- Eu também, as duas coisas. Falta pouquinho pra gente ver nosso amorzinho e só de pensar me da vontade de chorar.

- Não vai chorar não, amor. Já estamos indo dormir.

- Tá bem, então vamos dormir logo antes que eu chore. - Dou um beijo nele e volto a deitar em seu peito.

Não demorou muito para eu apagar de tanto cansaço, por que tinha passado o dia todo em pé no salão.


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