XXVIII

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Isso não seria um especial 5K, mas acabou sendo, tanto porque ele está saindo praticamente quando o livro completou 5K de leituras (muito muito muito obrigada) quanto porque eu acho que esse capítulo deixa um gostinho de especial.
Eu realmente espero que vocês gostem!!

—x—

📚ANNABETH📚

Provavelmente, o que mais me incentivara a fazer um documentário sobre a vida marinha fora o modo como Percy me explicava as coisas. Dava para ver a paixão em seus olhos quando ele falava, e aquilo, com certeza, aumentara a beleza do nascimento das tartarugas, que era algo que eu nunca imaginara ver. Como ainda tinha tempo antes da aula do Jackson acabar, ele me mostrou o resto do aquário e aquilo me incentivou ainda mais. Ele e sua supervisora me explicavam sobre os animais e o que eles faziam ali, eu fui anotando tudo e tirando algumas dúvidas. Quando acabou, Percy e eu almoçamos juntos e depois fomos para a Milk Shakespeare, onde eu comecei a fazer um rascunho da introdução do meu trabalho enquanto Jackson trabalhava. Quando eu achei que não poderia escrever nada melhor nem nada a mais do que já estava na página do Word, eu decidira voltar para a história que eu estava escrevendo. Nos últimos dias eu me sentia estranhamente motivada a escrever. Várias ideias passavam pela minha cabeça e eu estava constantemente anotando-as para quando eu pudesse sentar e passá-las para o computador. Fomos embora juntos e o avisei-o que passaria meu endereço pela manhã, pouco antes dele ir para a minha casa.

Quando cheguei, Luke estava no sofá, assistindo alguma série e comendo.

— Ouvi dizer que não foi para a faculdade hoje — ele comentou sem tirar sua atenção da tela.

— Estava fazendo o trabalho do Sr. D. — disse e nesse momento ele voltou seu rosto para mim, suspirei, me sentando ao seu lado e começando a explicá-lo sobre.

Eu sabia que ouviria algumas piadinhas sobre ser Percy quem estava me ajudando com o trabalho. Piper chegou na metade da história e se juntou a Luke. Já os deixara avisado sobre Percy no dia seguinte.

— E é por isso que trabalhos em duplas eram meus favoritos — Luke comentou no fim.

— Prometo deixá-los a sós — Piper disse, piscando um olho para mim.

Eu apenas revirei meus olhos, me levantando e deixando os dois ali. Tomei um banho e fui para o meu quarto, onde eu assistir a alguns filmes antes de adormecer. Quando acordei, tinha algumas mensagens de Percy me perguntando se ele já poderia ir para a minha casa. Foi então que vi que já eram quase onze da manhã. Marquei com ele de almoçarmos em um restaurante parto de onde eu morava e que era mais fácil de encontrar. Eu tomei um banho rápido e fui a seu encontro.

Percy já me esperava em uma mesa na entrada do local, cumprimentei-o com um beijo na bochecha e logo comemos. Não conversamos muito e assim que terminamos, seguimos para a minha casa. Apenas quando voltei que notei que não havia ninguém mais ali, percebendo que Piper e Luke realmente tinham feito o que falaram que iam fazer. Levei Percy até meu quarto e ele se sentou em minha cama enquanto eu pegava meu notebook, me juntando a ele em seguida. Expliquei-o sobre o que eu deveria fazer nessa parte do trabalho e lhe mostrei meu rascunho, pedindo que fizesse as correções e alterações necessárias, visto que ele entendia muito mais do assunto que abordaríamos. Ficamos um bom tempo naquela etapa e no final do trabalho já estávamos deitados, um do lado do outro, com o aparelho sobre o colo.

— ... e fim — ele disse clicando no ponto final, concluindo o texto inicial do meu trabalho, e virando seu rosto em minha direção.

Fiz o mesmo e notei o quão próximos estávamos. Ele sorria e eu não pude evitar fazer o mesmo. Era estranhamente confortável tê-lo do meu lado.

— Obrigada, cabeça de alga — eu disse e o vi arquear a sobrancelha com o apelido, mas não disse nada.

— Sempre ao seu dispor — ele respondeu e eu senti sua respiração mais próxima.

Eu não poderia negar que eu queria aquilo. Até porque eu queria muito. Eu lembrava do seu beijo, lembrava da textura de seu cabelo e de sua mão na minha cintura. Logo a minha mão estava em seus fios negros, enquanto as suas colocavam meu notebook para o lado. Sua boca logo alcançou a minha e sua mão apertou a minha cintura, enquanto a outra ia para a minha bochecha. Então ele estava em cima de mim, apoiando seu peso em um de seus braços e me puxando para mais perto. Eu gostava do gosto de sua boca, e da sensação de seu aperto. Mas no momento seguinte, descobri que a melhor coisa de quando estávamos juntos era tê-lo ao meu lado, me abraçando. Ele estava com metade do seu corpo sobre o meu, um de seus braços passavam por cima de minha barriga, me abraçando, e sua cabeça estava apoiada entre meu pescoço e meu ombro, enquanto eu lhe fazia um cafuné. Ele tinha cheiro de mar e aquilo me acalmava, me fazia querer ficar ali para sempre. Infelizmente aquilo não durou muito, já que alguém bateu na porta.

— Não levanta — o ouvi pedir, manhoso.

Não o fiz. Não apenas porque ele pedira, mas porque eu também não queria sair daquela posição. Apenas gritei perguntando quem era e descobri ser Piper querendo saber se eu e Percy também iríamos querer pizza. Eu não sabia como ela sabia que ele ainda estava ali, mas apenas confirmei após Percy assentir com a cabeça. Ouvi seus passos para longe e senti Percy erguendo a cabeça.

— Vamos ter que levantar, você sabe — eu disse e ele novamente assentiu.

— Mas podemos esperar a pizza chegar, certo? — Ele perguntou e eu ri, assentindo, dando-lhe um beijinho em seguida.

A comida não demorou tanto a chegar. Ou o tempo passara muito mais rápido para mim. E logo descobrir que Piper sabia que Percy ainda estava comigo quando encontrei Thalia no sofá da sala. Comemos enquanto assistíamos filme e conversávamos. Percy aproveitou a ida de Thalia, dessa forma, ele não precisaria ir de metrô, então logo nos despedimos. Thalia foi na frente e Piper ficara dentro de casa, o que deixou Jackson e eu a sós. Ele abraçou minha cintura, me puxando para perto e selando nossos lábios.

— Sabe, pode me chamar mais vezes para te ajudar com os trabalhos — ele disse sorrindo e eu lhe dei um tapa.

— Não se ache muito — digo. — Era para fazermos apenas o trabalho.

— Eu sei — ele disse, mas ainda tinha o sorriso presunçoso no rosto. — Até mais — ele selou nossos lábios novamente e em seguida me soltou, indo em direção ao carro da Grace, partindo com a mesma.

Milk ShakespeareWhere stories live. Discover now