capítulo 11

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— Eu não devia ter tratado vocês daquela forma.- Heyoon coloca a mão em minha perna num pedido de desculpa.

— Você não sabia. - Coloco a mão em cima da dela. — Mas foi um pouco exagerado.

— E agora o que a gente faz ?

— Acho que temos que contar pra ela que ligamos pra polícia. - A coreana concorda. - Ela não vai gostar nada disso.

— Ela vai ter que entender que fizemos pro seu próprio bem.

Estamos no quarto de Heyoon, olho pro criado mudo ao lado da cama tem uma foto dela e de Josh sentados na entrada da casa.

— Quando foi isso ? - Pergunto enquanto pego o porta retrato na mão.

— Foi no dia que eu me mudei pra cá, nesse mesmo dia Josh quebrou um dente quando caiu na escada trazendo minhas coisas, ficaram por meses zuando o estudante de odontologia que quebrou o dente. - Ela pede e eu entrego a foto, ela passa os dedos por cima, sorri e larga novamente onde estava.

— Ele sente sua falta.

— Eu sei também sinto a dele, mas é difícil me reaproximar sabendo que ele não sente o que eu sinto por ele.

— Você ainda vai achar alguém que te ame na mesma intensidade. - Heyoon sorri falso e caminha em direção à porta.

A porta do quarto de Josh ficava do outro lado do corredor, abrimos de vagar e não encontramos a loira na cama de primeira gelei pensando na possibilidade dela ter fugido, mas ai vi a porta de vidro que da em direção à varanda aberta, chegando mais perto encrontramos Sina apoiada e o corpo encurvado pra frente.

— Eu não posso me esconder pra sempre posso ? - Sina pergunta e pela primeira vez hoje sua voz esta firme, Heyoon segura sua mão e balança a cabeça negativamente.

— Meu pai é policial. - Seus olhos verdes fecham em mim. — Ele tá vindo ajudar, ele vai te proteger e a gente também, eu prometo. - Seguro a outra mão dela que está um pouco trêmula e ela a aperta com força.

Sina não diz nada, não aceita mas não nega. Não consigo interpreta-la, sua feição não mostra sentimento algum, por mais que eu saiba que dentro dela está tudo uma bagunça, não tem como swr diferente.

O vento está frio mais Sina se nega entrar, então pego a coberta de cima da cama, volto pra sacada e jogo nas costas das duas cada uma puxa uma ponta pra se cobrir melhor, saio deixando-as sozinhas.

Desço as escadas e vejo Noah jogado no sofá.

— Você ainda tá aqui ? - Pergunto me jogando ao seu lado e tomando dele e xícara de chá que estava em sua mão.

— Eu quero saber como ela tá, acho que vou passar a noite aqui também. - Ele joga o braço por trás da minha cabeça me fazendo aproximar dele.

— Vai dar tudo certo não vai ? - Acho que todos estavam com medo, eu estava morrendo, tenho segurado o choro a horas.

—  Vamos cuidar dela ,não se preocupa. - Noah acaricia meus cabelos carinhosamente.

— Da pra imaginar o que ela passou? - Minha garganta doi de tanto que estou forçando pra não desabar.

— Ela aguentou tudo isso sozinha, doi tanto imaginar... mas não tinha como a gente saber, tinha?. - A primeira lágrima escorre ao ouvir Noah dizer isso, realmente não tinha ou a gente fechou os olhos? A cena do cara agarrando o braço dela com força a alguns dias atrás não sai da minha cabeça, eu me ocupei tanto com outras coisas que não dei atenção pra isso, a verdade é que falhamos com ela.

Give me a reason to stay - REESCREVENDO.Where stories live. Discover now