[editado] - 7

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– Arabella

  

    Adrenalina. Adrenalina era algo que se tinha activado no meu sistema, transmitida pelo simples toque de Luke. Ele olhava-me com curiosidade, percorrendo as minhas doces curvas com as suas mãos, à medida que me levava para o seu quarto. Seria este um privilégio? Finalmente ver o seu lugar seguro, – o sítio onde talvez encontrava paz?

    Fosse ou não, aqui estava eu, de alma e corpo entregues a este homem, – e nem sabia bem o porquê.

    Ele retirou a gravata de tecido suave do seu pescoço, atirando-a de seguida para o chão. A sua camisa seguiu-se, os botões foram-se desabotoando um a um, com uma lentidão dolorosa. E eu apenas permanecia sentada na ponta da sua cama, a observar o espetáculo que decorria à minha frente.

    Devia ir até ele? Ficar sossegada? Despir-me também? Oh, não, isso seria demasiado desleixado da minha parte.

    A expressão facial de Luke suavizou assim que observou as minhas mãos a viajar em direção à minha saia, puxando-a um pouco para baixo, até acabar por a retirar. Oh Deus, o que é que eu estou a fazer? É como se as minhas mãos tivessem vontade própria!

    As minhas pernas rapidamente ficaram descobertas, e a camisa longa e branca que tinha vestida apenas me cobria até às coxas. O homem à minha frente esboçou um sorriso provocador e caminhou até mim, de camisa aberta e cinto desapertado. Eu só consegui engolir em seco. A visão perante mim era algo nunca antes visto.

    Luke pegou na minha mão trémula, colocando-a sobre o seu peito. Desceu-a até ao seu abdómen tonificado e ajoelhou-se à minha frente, ficando a fitar o meu rosto rosado. Não me atrevi a desviar o olhar.

    "O que pretende fazer?" – questionou-me, com uma voz firme e segura, confiante de si mesmo.

    "Surpreenda-me" – respondi sem pensar. Repentinamente, fui deitada na sua cama acolhedora, que me afundou no colchão macio.

    "Tem a certeza absoluta?" – as pontas dos seus dedos viajaram até à minha anca, e senti-me enfeitiçada pelo homem à minha frente, de ombros contraídos e cabelos perfeitamente despenteados. Parecia ainda mais humano assim.

    Não respondi. Segui os meus instintos e desliguei a minha mente, entregando-me parcialmente ao momento. Decidi retirar a camisa de tecido branco dos seus ombros, colocando-a delicadamente sobre a cama. Um arrepio percorreu a minha espinha quando me lembrei, de súbito, que era completamente inexperiente no que tocava a estes assuntos. Luke pareceu reparar nisso.

    "Não vamos fazer nada que não queira, Miss Quinn" – avisou-me – "O que quer, neste preciso momento?" – perguntou-me. Sentou-se extremamente perto de mim, colocando o seu queixo sobre o meu ombro.

    "O seu toque" – pedi, mais uma vez sem pensar nas consequências. Assim que proferi aquela frase, os seus lábios foram lentamente ao encontro do meu pescoço. Depositou pequenos beijos sobre a minha pele morna, humedecendo-a com a sua língua. A minha respiração deixou de estar regularizada, e os meus olhos fecharam-se espontaneamente. Tinha algum receio de me deixar levar completamente.

    "Vejo que está um pouco nervosa, Miss Quinn" – falou, formalmente. Não deve ser muito difícil de reparar.

    Os seus lábios subitamente deixaram o meu pescoço e senti a sua respiração perto do meu ouvido. Uma das suas mãos agarrava a minha cintura, enquanto a outra descia vagarosamente até às minhas virilhas. As minhas cuecas foram deslizadas para o lado aos poucos, e, por mais impressionante que pareça, não me senti indignada. Entreguei-me a este homem, que parecia saber o que fazer. Naquele momento, queria sentir algo.

    As pontas dos seus dedos viajaram pela zona mais sensível do meu corpo, e dei por mim a entreabrir os lábios, soltando algumas profecias dos mesmos. Inclinei a cabeça para o lado, dando mais acesso ao homem perante mim, firme e semi-nu.

    A sensação de tê-lo assim tão perto de mim era indescritível. Luke era um fruto proibido, imensamente apetecível. Por momentos, lembrei-me que esta relação gerente-assistente não estava a ser nada profissional ultimamente. Os gerentes costumam tocar frequentemente nas suas assistentes desta forma?

    "Está tão molhada, e ainda não lhe fiz absolutamente nada" – sussurrou ao meu ouvido, despertando-me dos meus pensamentos. Ah, que se lixe o profissionalismo agora!

    Mordeu o lóbulo da minha orelha de leve e agarrei-me ao seu braço musculado, procurando por algum suporte.

    "Acredite, p-para mim isto é muito" – consegui falar baixinho, por entre suspiros de prazer, recebendo apenas um sorriso charmoso. De súbito, senti algo a entrar dentro de mim, o que me fez arregalar os olhos. O polegar de Luke manteu-se na parte mais frágil do meu corpo, circulando aquele conjunto de nervos que me transmitia uma sensação prazerosa, enquanto o seu indicador saía e entrava de dentro de mim, a uma velocidade dolorosamente lenta, que mesmo assim me arrebatou.

    "Não tenha medo de gemer, Arabella" – a velocidade dos seus movimentos acelerou, assim como os beijos desesperados que depositava no meu pescoço. Um grunhido de prazer caiu dos meus lábios, quase que espontaneamente, juntamente com o seu nome, devido à extrema satisfação que me consumia.

    Os sons que escaparam da minha garganta pareceram dar-lhe motivação, uma vez que colou os seus lábios aos meus. Como podia recusar tal oferta? A sua boca encaixava quase que perfeitamente na minha.

    Luke sugou o meu lábio inferior, dando uma pequena mordida no mesmo. A minha cabeça tombou para trás. Já não estava a ter controlo das minhas próprias ações, e a minha visão começava a tornar-se ligeiramente desfocada.

    Uma sensação perto do meu estômago assinalou a sua presença, e bastaram apenas alguns segundos para as minhas costas se arquearem involuntariamente, enquanto as minhas mãos agarravam os lençóis brancos da cama de Luke, desfazendo-os por completo com os meus movimentos desesperados.

    O ser humano à minha frente continuou a agarrar-me, ouvindo atentamente os gemidos baixinhos que escapavam dos meus lábios. Esperou pacientemente que eu me acalmasse, à medida que plantava beijos sobre a minha pele elétrica. Lentamente, deixei que o meu corpo amolecesse, relaxasse. Os meus olhos abriram-se por instinto, devagar, talvez por vergonha, mas a minha respiração continuou bastante ofegante.

    A expressão facial de Luke era séria e tensa. A linha do seu maxilar estava perfeitamente definida naquele momento, e não me consegui conter. Depositei um último beijo nos seus lábios, à medida que a pequena palma da minha mão deslizava pela sua bochecha. Um suspiro de exaustão escapou-me e as minhas pálpebras voltaram a fechar-se lentamente. Meu Deus, o que é que acabou de acontecer?

    "Planeias fazer-me enlouquecer, Arabella, e estás a conseguir"

Stolen Innocence ➤ Luke Hemmings [Edited]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora